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quinta-feira, março 10

Como se aproximar de Deus.

COMO SE APROXIMAR DE DEUS
(Zacarias 4:6)


Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
O rei beberia daquele cálice.
Pai, tenho mesmo de beber desse cálice?
Sim. Ninguém mais foi escolhido. Além de você.
O que passaria na mente do homem da cidadezinha do interior que nem no mapa constava?
O Rei olhou o cálice. Deteve seu olhar no Reino. Seus olhos ficaram úmidos.
Esse era o cálice que iria matar o “inimigo”
Não existe outra forma Pai?
Um silêncio perdurou na eternidade.
Hora da morte. Uma morte ensaiada vezes sem conta sobre falsos altares com falsos cordeiros.
O som do martelo ecoava. O ‘“inimigo” estava radiante. O lenho era levantado e enterrado na terra, no coração dos homens que o condenaram. O pecado inunda o Cordeiro. O cálice se torna fogo e O envolve...
A respeito de Suas vestes os soldados disseram: “Não as rasguemos, mas lancemos sorte sobre ela, para ver quem será”. (Jo 19:23-24).

Na tradição judaica toda mãe dava um veste ao filho quando saia de casa.  Sabemos que a túnica era tecida de cima para baixo e sem nenhuma costura. Por que isto era importante?
Descreve as Escrituras, várias vezes, a semelhança de nosso comportamento como as roupas que nós usamos. “Revesti-vos de humildade”, disse Pedro (1 Pe 5:5); Davi também fala da pessoa má que” vestiu  de maldição, tal como uma veste” (Sl 109:18). As roupas podem simbolizar o caráter, e, o caráter de Jesus era uma veste incorruptível. Era uma veste sem costura desde o céu a terra, dos pensamentos às ações. Um modelo de caráter sem costuras.

Porém, na cruz, Cristo tirou seu manto e colocou a veste da indignidade. Nu. Nudez absoluta. Envergonhado. Os pecados da humanidade estavam na nudez de Cristo. Cristo humilhado. Líderes religiosos satisfeitos com a vitória! Mas, Cristo vestido da indignidade, sem as vestes levou sobre seu próprio corpo a indignidade do pecado. (1Pe 2:24) e se tornou Rei e Sacerdote eterno.
A cena do calvário é a manifestação da “sombra” no Antigo Testamento. Que beleza haveria nos sacrifícios dos animais? Que beleza haveria no Cordeiro naquela sexta-feira? Em     (Êxodo 25:40) encontramos a resposta. Moisés recebia no Sinai a ordem divina “faze tudo como te mostrei”. Moisés recebia o plano da Salvação.. O homem não poderia interferir em nada ( Êx 31:1-6). O plano Divino representa a Graça de Deus, sem a participação do homem. Essa é a verdade relacionada na Cruz.
Foi a Sabedoria de Deus  que planejou a Redenção do homem através do sangue ( 1Co 1,2); e o Espírito de Deus  que realiza e aplica esta obra da Cruz. (Zc 4:6; Jo 3:1-5) Deus tem seu próprio projeto concebido antes da criação do homem. Nenhum meio substituto de Salvação é aceito.
Acaz pensou que poderia se aproximar de Deus da sua própria maneira, e deixou de lado o altar de Deus para estabelecer um altar falso (2 Rs 28:5,19,21). Mas, nada disso adiantou        (2 Cr 28:5,19,21). Ninguém pode se aproximar de Deus senão pela Cruz.
Entendamos a “sombra” do AT que nos conduz até ao Calvário: - Deus, para tornar seu povo santo instituiu o Tabernáculo. ora denominado como Tabernáculo de Moisés.  O Tabernáculo tem em suas “sombras” todo o Plano de Salvação. (em posterior estudo aprenderemos sobre este tema). Na entrada havia o Altar de Bronze. Na Dedicação deste altar e do Tabernáculo, a Glória de deus veio sobre a Arca no Lugar Santíssimo derramando fogo divino que queimou os sacrifícios no altar. Este fogo originou a Glória de Deus. O fogo deveria permanecer permanentemente aceso, sem nunca se apagar. O fogo foi aceso por Deus, mas, caberia ao homem trazer a madeira para que o fogo nunca se apagasse. Deus é fogo consumidor. Assim, Cristo foi divinamente consumado. Na Cruz, o fogo deixou a glória da Santidade de Deus acendendo a ira divina contra o pecado ( Jo 3:16; Mt 3:16). O cristão deve também manter aceso o fogo no altar e se apresentar todo dia como sacrifício vivo a Deus. (2 Ts 1:7-10).
Ao longo das Escrituras lemos vários casos de fogo caindo do céu em aprovação a certos sacrifícios;

O fogo caiu sobre: o sacrifício oferecido por Abel pela fé. (Hb 11:4; Gn 4:1-6); sobre a Dedicação do Altar no Tabernáculo de Moisés (Lv 9:22-24) ;o Altar de Davi no templo (2 Sm 24); o altar do templo de Salomão ao ser dedicado ao Senhor (2Cr 7:1-3); o Altar de Elias no monte Carmelo (1Rs 18:38,39); figurativamente sobre Jesus, no Calvário quando ele tomou nossos pecados (Hb 12:29). Foi na Cruz que Cristo recebeu o batismo de fogo.


Uma vez que o fogo foi aceso por Deus, coube ao homem levar o fogo e acender o Candelabro e o Altar do Incenso. Assim, o fogo, saído da Glória de Deus deu origem a todas as luzes a partir daí. Soberanamente a chama da Igreja em Pentecostes foi acesa. Enquanto no At os animais eram sacrificados como meio substituto, no NT somos convidados a colocar nosso Sangue (alma) no Altar em perfeito sacrifício vivo. Hoje o Espírito Santo nos faz subir à presença de Deus como sacrifícios vivos (Mt3:11,12,15,16).
O sangue derramado nos altares significava que ali era um lugar santo onde a Glória se manifestava.. O Sangue transforma tudo, redime a alma. (Lv 17:11-14).
Deus prometeu: ”Quando eu vir o sangue, passarei adiante” (Êx 12:12,13; Rm 5:9,10;3:24, 25).
Não havia beleza alguma no derramamento de sangue.Ali era um local de juízo, fumaça e muito sangue derramado. Esta cena apontava para o Calvário (era uma “sombra”) No Calvário estava o pecado e a morte, a vitória sobre o “inimigo”.
O Calvário é então o cumprimento de toda profecia no AT. Os cristãos são, hoje, chamados a serem reis e sacerdotes diante de Deus segundo a Ordem de Melquisedeque. (Ap 1:6; 5:9,10; 1 Pe 2:5-9). O cristão deve ser purificado pelo Sangue de Jesus (Hb 13:12), batizado em água (Jo 17:17) e depois ungido com o Espírito Santo, (1 Pe 1:2).
Podemos ler em (1 Cr 15:12,14) o notável processo de santificação entre os levitas, para o desempenho de suas funções. A palavra santificar significa colocar-se à parte como santo para o Senhor, ou consagrar para uso santo. As leis da Santificação ou Consagração se encontram em : Êx 29 e Lv 8 .

Separados de todo o mal, consagrados diante do Senhor para o serviço sacerdotal. Estas lições no AT contém  ma semente espiritual para a Igreja de nossos dias..
Certamente não foi esquecido que os hebreus foram sujeitos a escravidão por 430 anos. No deserto Deus ensinou como adorá-Lo. Deus queria seu povo Santo. “Por que eu sou Santo, meu povo será santo”. Mas, esse povo sofria de colapsos de fé. Acreditavam nos 5 sentidos. Lemos no At, no livro de Josué a diferença entre os espiões da antiga geração e os da nova geração. Os últimos viam ao Pai, os primeiros continuavam vendo gigantes e se julgavam como gafanhotos. Essa é a diferença de quem recebeu o Sangue do Cordeiro – recebemos vitória em todo lugar.
Deus lhe deu então meios para se lembrarem Dele, através do modelo sacrifical que apontavam para a vinda do Messias. E, o que aconteceu quando o Verbo se fez carne e tabercanulou entre nós? Deparou-se com falsos altares, idolatrias. Estavam tão envolvidos em práticas cerimoniais que não O reconheceram e acabaram  forçando  o imperador romano a  cruxificá-Lo. Deus, em sua onisciência instituiu o Sangue como meio de redenção. Assim, o Tabernáculo era a parte visível de um Deus que é Espírito, e de Seu plano. Jesus disse: “não penseis que vim que vim para revogar a Lei ou os profetas. Não vim para revogar, mas para cumprir” (Mt 5:17).
Foi trespassado. Bradou: está consumado e o véu se rasgou de alto a baixo pelo meio.
O que foi consumado? O cerimonial do AT inteiro, moral e o direito civil foram pregados naquela cruz fora de Jerusalém. Acabavam-se as “sombras”. Agora o homem teria de viver pela Graça. Leia em ( Lc 24:25-27) o que Jesus disse aos dois homens a caminho de Emaús
O povo habituado a rituais olhava estruturas físicas, (Hebraico: Mikdash) do templo. Mas, Jesus disse: “destruam este templo e o refarei em três dias”. Jesus usou a palavra hebraica Mishkan que significa – presença. Daí Paulo afirmar: ”Não sabeis que sois Templo (Mishkan) do Espírito Santo”. Nós somos Templo vivo. Deus não habita em edifícios, mas dentro do Seu povo. Nós temos a Presença  dEle em nós.(leia Rm 10). Assim se referiu o profeta Jeremias (626-586 aC) “Na mente vos imprimirei as minhas leis, também no coração lhes inscreverei:eu sou o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31:33).

O que você faria para fugir do Cálice? Oro para que você aceite a vontade do Pai quando lhe for ordenado a beber de seu cálice. Poderá o homem algum dia chegar a tal profundidade de tomar o Cálice?
Que seu corpo seja aposento permanente de Cristo, como disse João: “Todo aquele que permanece em amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo4:16); “Estai em Mim, e eu, em vós, como a vara de si mesmo não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim, também vós, se não estiverdes em Mim”.(Jo15:4)

Confesse em sua vida as palavras do salmista: “A quem tenho nos céus senão a Ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto de Ti. O meu  corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. A teu respeito diz o meu coração: busque a minha face! A tua face, buscarei”. (Sl 73:25,26; 27:8).


Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
O rei beberia daquele cálice.
Pai, tenho mesmo de beber desse cálice?
Sim. Ninguém mais foi escolhido. Além de você.



Deus te abençoe grandemente.
BP, Luis Sousa

quinta-feira, março 3

ANÁLISE CONTEXTUAL A RESPEITO DA MASTURBAÇÃO


INTRODUÇÃO
Sem dúvida, um dos temas mais discutidos entre pais, adolescentes, sexólogos e orientadores cristãos, é a masturbação.
Análise conceitual a respeito da masturbação. Como também analisaremos a história de Onã, que tradicionalmente é vista como referência a esta prática.
Analise dos efeitos perniciosos que a masturbação pode trazer ao físico; à mente; como também ao espírito de qualquer pessoa que se envolva nesta prática. Teremos como base os escritos de Ellen G. White.
Analise das medidas que todo jovem deve tomar para se livrar deste pernicioso vício, seguindo o princípio da substituição, ou seja, substituir o maléfico pelo benéfico. Também teremos como base os preciosos escritos de Ellen G. White.


O que é a masturbação?
Masturbação é um ato de manipulação dos órgãos genitais, acariciando, tocando, ou friccionando, resultando em prazer, ou seja, até atingir o orgasmo.
Muitos dos jovens que praticam a masturbação, foram levados a praticá-la por curiosidade mal orientada ou porque foram levados a tal, e acabou tornando-se um hábito.
Alguns sexólogos tentam classificar em tipos a masturbação, segundo estes a masturbação pode ser classifica em:
Masturbação de adolescentes - acontece na visão do autor quando se descobre o próprio corpo.
Masturbação compensadora - vem quando a pessoa passa por problemas no meio familiar ou social e tende a usar a masturbação como meio de escape.
Masturbação por necessidade - acontece geralmente quando os casados estão longe um do outro, viajando; ou pode acontecer com presos que buscam alívio de suas tensões sexuais.
Masturbação patológica - quando é uma compulsão, que pouca ou nenhuma satisfação traz.
Masturbação por indicação médica - quando os médicos pedem o sêmen de determinado paciente para teste de fertilidade ou para diagnosticar certas e determinadas infecções venéreas.
Masturbação hedonista - quando o ato torna-se, na visão do autor, antinatural e não só disfuncional.
O mesmo autor afirma que a masturbação está ligada a uma imaturidade, no início; e a uma patologia, quando se fixa, e que ela pode ser um ensaio para a vida heterossexual normal, assim como pode ser introdução para uma solidão egoística.
Nossa sexualidade em geral, destina-se a ser interpessoal, a ser relacional. Ela deve ligar duas pessoas, é claro de sexos diferentes, pois é o plano original de Deus para a humanidade. A masturbação é um prática totalmente egoísta, pois é solitária. O sexo egocêntrico viola o plano de Deus no sentido que o sexo seja amoroso, doador e unificador, como também, o sexo no plano original de Deus tem a função de procriação, sendo que com a masturbação isso se tornaria impossível.
Lewis Smedes considera que a masturbação está aquém do que Deus tenciona fundamentalmente para a nossa sexualidade.
Já Reich considera a masturbação como atividade normal, e sua ausência entre rapazes durante a adolescência ele considera sinal de desequilíbrio.
Alguns escritores contemporâneos apoiam a masturbação como atividade normal, e sua prática importante para o desenvolvimento humano.
Já outros, são taxativamente contrários, como podemos ver nesta declaração:
A masturbação pode tornar-se um hábito escravizador e obsessivo que alimenta e continua a alimentar o fogo da lascívia da pessoa nivelando-a ao estado de objeto sexual. Pode acarretar em envolvimento e levar ao desenvolvimento compulsivo com a pornografia e levar ao desenvolvimento de desejos e fantasias cada vez mais pervertidas – e possivelmente agressão ao sexo oposto.
Mas de qualquer forma a masturbação é um assunto polêmico mesmo entre escritores cristãos. Principalmente porque a Bíblia, que é a fonte da sabedoria, não faz uma alusão de forma direta contrária a esta prática, não há um texto que na Bíblia se refira direta e exclusivamente à masturbação em si. O texto mais comumente usado entre os escritores cristãos para se fazer uma alusão à esta prática, está registrado em Gênesis 38:1-10, a conhecida história de Onã.
Daí o motivo porque a masturbação também é conhecida como onanismo, mas não há relação direta entre a prática da masturbação e a história de Onã. De acordo com a lei israelita (Deuteronômio 25:5-10), conhecida como Lei do Levirato, depois – no caso de Onã – que seu irmão morreu, não deixando herdeiro, Onã por obrigação teria que se casar com sua cunhada e fecundá-la, a fim de dar continuidade ao nome do seu irmão que havia morrido, e assegurar a posse da terra pela família. Onã então teve relação sexual, mas não cumpriu a sua responsabilidade de gerar o herdeiro, talvez porque esperasse gananciosamente tomar a terra de seu irmão para si mesmo e espoliar sua cunhada de seus direitos de acordo com a lei. De qualquer modo Deus desgostoso com o seu procedimento o fez morrer.
A ligação existente entre a masturbação e a interrupção do ato sexual de Onã é o derramamento do sêmen na terra, daí o título onanismo à masturbação.
Veja o seguinte comentário:
Quando no mundo antigo, se acreditava que todo sêmen do homem continha o embrião de uma criança, e que a mulher era nada mais que um jardim fertilizado, no qual o pequenino ser era plantado, o ato de Onã de derramar o sêmen foi tido como equivalente a matar deliberadamente um bebê não nascido.
Talvez a relação que se costuma fazer da história de Onã e a masturbação venha deste conceito.

EFEITOS DA MASTURBAÇÃO nos Aspectos Físico, Mental e Espiritual

Tem a masturbação diversos significados psicopatológicos em que não iremos nos deter para dar lugar a uma pesquisa que procuramos fazer nos escritos de Ellen G. White.
Sendo um assunto de tão vastas conseqüências e de tão profundo significado na educação dos jovens, Deus não omitiu nas Suas mensagens, avisos importantes que passaremos a considerar.
Ellen G. White emprega vários termos ao referir-se à masturbação, como seja, vício degradante; poluição moral; vício destruidor do corpo e da alma; vício secreto e repulsivo vício.
Ela diz em um dos seus livros que os jovens quer do sexo masculino quer do sexo feminino, que se entregam à poluição moral e praticam a masturbação debilitam as sensibilidades morais e de percepção, e caso que esta prática venha a se firmar durante a vida, pode levar o indivíduo à ruína física e mental.
A masturbação pode acarretar ao indivíduo que a prática sérios problemas físicos, ela destrói as forças vitais do organismo. Se referindo a vícios secretos ela afirma:
Toda ação vital desnecessária será seguida de correspondente depressão. Entre os jovens, o capital vital, o cérebro, é tão severamente submetido a esforço, em tenra idade, que há uma deficiência e grande exaustão, que deixam o organismo exposto a enfermidades de várias espécies.
Ao lermos o que o Espírito de Profecia diz sobre a prática da masturbação entre os jovens, podemos verificar que este vício tem conseqüências de um alcance que nunca pensamos. De acordo com ela este vício pode trazer uma degeneração ao físico que pode levar o indivíduo a morte. Veja por exemplo esta declaração:
Se a prática é continuada nas idades de quinze anos e daí para cima, o organismo protesta contra o prejuízo já sofrido, e continua a sofrer, e os fará pagar a pena da transgressão de suas leis, especialmente nas idades de trinta a quarenta e cinco anos, por muitas dores no organismo e várias doenças, tais como afecções na espinha, enfermidades nos rins, e tumores cancerosos, alguns dos delicados mecanismos da natureza cedem deixando uma tarefa mais pesada para as restantes realizarem, o que desorganiza o delicado arranjo, havendo freqüentemente repentina decadência física, cujo resultado é a morte.
Muitas vezes os jovens apresentam distúrbios físicos e mentais que os pais freqüentemente interpretam como sendo resultado de estudo intenso. É verdade que não é aconselhável ocupar a mente com demasiado trabalho mental, principalmente quando não é acompanhado de trabalho ou exercícios físicos, ainda que pode complicar ainda mais para aqueles que desejam abandonar o vício, uma vez que esteja praticando, veja o conselho:
O estudo excessivo, em virtude de aumentar a corrente do sangue para o cérebro, cria uma excitabilidade mórbida que tende a diminuir o poder do domínio próprio, e muitíssimas vezes, dá lugar a impulso e capricho. O mau uso, ou a falta de uso da capacidade física é, em grande parte, responsável pela onda de corrupção que se está espalhando pelo mundo.
Mas também ela diz aos pais que interpretam errado as causas dos distúrbios físicos e mentais nos filhos.
Os pais afetuosos e condescendentes condoem-se dos filhos porque imaginam que suas lições são uma tarefa grande demais, e que sua intensa aplicação ao estudo lhes está arruinando a saúde. De fato, não é recomendável sobrecarregar a mente dos jovens com estudos em demasia e por demais difíceis. Mas, pais não considerastes com maior profundidade este assunto do que meramente aceitar a idéia sugerida por nossos filhos? Não tendes dado crédito depressa demais as razões aparentes de sua indisposição? Convém aos pais e tutores olhar sob a superfície em busca da causa.
A mente de alguma dessas crianças tão enfraquecida está que apenas tem a metade ou um terço do brilho intelectual que poderia ter caso tivessem sido virtuosas e puras. Elas o tem desperdiçado no abuso de si mesmo.
Isso não quer dizer que todos os jovens que enfrentam essas debilidades são praticantes da masturbação. Há os que tem mente pura e sofrem por outras causas.
Para os pais que desejam ver seus filhos bem desenvolvidos físico, mental e espiritualmente devem ser vigilantes quanto aos seus próprios comportamentos sexuais, pois assim como os bons traços de caráter dos pais são herdados pelos filhos, os maus também são herdados. No caso da masturbação, podem as crianças já nascerem com tendências para tal vício. As crianças imitam o exemplo dos pais, como também todas as inclinações para o mal. Em muitos casos são os pais os verdadeiros culpados, abusam das tensões sexuais e assim fortalecendo-as, transmitem aos filhos. E, assim, nascem "crianças com tendências animais grandemente desenvolvidas, tendo-lhes sido transmitido o próprio retrato do caráter dos pais. ...Os filhos nascidos desses pais, quase que invariavelmente se inclinam aos desagradáveis hábitos do vicio secreto."
O Dr. J. H. Kellogg, médico contemporâneo de Ellen G. White, também era contrário à prática da masturbação, e de acordo com seus estudos ele tinha boas razões para isso. Veja esta declaração:
A excitação nervosa que acompanha o exercício dos órgãos sexuais é a mais excitante a que o corpo pode estar sujeito. Em condições normais, nenhuma excitação deste tipo ocorre até que o organismo tenha atingido a sua completa maturidade, e o corpo tenha adquirido o seu mais alto grau de força e vigor. Na infância, os poderes vitais estão todos ocupados com o seu desenvolvimento e construção do corpo. Nada é, consequentemente mais prejudicial durante este período. O organismo não atinge o seu completo desenvolvimento quando este hábito começa nos anos mais jovens e é continuado depois do desenvolvimento sexual.
Se a prática da masturbação trás tantos malefícios ao físico, como também à mente, seria insensato não admitir sua destruidora influência sobre a espiritualidade.
Os únicos meios onde Deus se comunica com o homem é através do corpo e da mente, uma vez que estes enfraquecidos fica uma vasta possibilidade do indivíduo tornar-se insensível para com as influências celestiais. Falando especificamente sobre os efeitos que a masturbação trás no aspecto espiritual Ellen G. White diz:
Solenes mensagens vindas do Céu não podem impressionar fortemente o coração não fortalecido contra a condescendência com esse degradante vício. Os sensitivos nervos do cérebro perderam o saudável tono devido a excitação mórbida para satisfazer um desejo não natural de satisfação sensual. Os nervos cerebrais que se comunicam com todo o organismo, são os únicos meios pelos quais o Céu se pode comunicar com o homem, em influenciar sua vida mais íntima. Seja o que for que perturbe a circulação das correntes elétricas no sistema nervoso, diminui a resistência das forças vitais, e o resultado é um amortecimento das sensibilidades da mente.
Ou seja, há uma degeneração no físico, no intelecto e no espírito. Isso quer dizer que os planos de Deus em restaurar a Sua imagem no homem é impossibilitada, pelo próprio homem.

Medidas para o abandono da Masturbação
Para os jovens que desejam livrar-se da masturbação é de importância vital que eles não apenas sejam informados a respeito das causas e consequências deste vício, como também mantenham uma atitude de vigilância em relação aos pensamentos.
Não permitir que a imaginação se demore em sensualidades. A respeito disto Ellen G. White escreveu:
Deveis dominar vossos pensamentos. Não será trabalho fácil; não conseguireis sem assíduo e mesmo árduo esforço. ... Se condescenderdes com vãs imaginações, permitindo que a mente se demore em assuntos impuros, sereis, em certo sentido, tão culpado perante Deus, como se vossos pensamentos fossem levados à ação. Tudo o que impede é a falta de oportunidade.
Esses momentos em que a mente divaga em fantasias sexuais; em imagens sensuais, é justamente o que o organismo precisa para ficar excitado e os órgãos genitais despertos.
É preciso também que haja uma vigilância em relação ao que é visto, ouvido, e conversado; ou seja, os sentidos. Deve ser evitado qualquer coisa que estimule a imaginação a sensualidade, como por exemplo: leituras impróprias, filmes com cenas de erotismo, novelas que incentivam o sexo livre.
Deve ser levado a sério a influência do ambiente que nos rodeia, pois nunca é neutra; ou nos influência para o bem ou para o mal.
A respeito dos sentidos Ellen G. White escreveu:
Os que querem ter a sabedoria que vem de Deus, não se devem tornar insensatos no pecaminoso conhecimento deste século, a fim de serem sábios. Devem fechar os olhos para não ver e aprender o mal. Devem fechar os ouvidos para não ouvirem o mal, e obterem o conhecimento que lhes macularia a pureza de pensamento e de ações, e guardar sua língua para que não transmita comunicações corruptas nem em sua boca haja o engano.
A questão em jogo não é apenas a renúncia do que é prejudicial, e sim, que haja uma substituição do que é maléfico, para o que é benéfico.
O apóstolo Paulo é claro quando aconselha sobre o pensamento na sua epístola aos Filipenses. No capítulo 4, versículo 8, lemos:
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, todo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja o que ocupe o vosso pensamento.
Outro fator que merece atenção vital, é quanto a alimentação. Pois o alimento que ingerimos pode estimular os nossos impulsos sexuais. Ellen G. White ciente desta realidade escreveu:
É tremendo o poder de Satanás sobre os jovens deste século. A menos que a mente de nossos filhos esteja firmemente equilibrada por princípios religiosos, sua moral se corromperá pelos exemplos viciosos com os quais entram em contato. O maior perigo dos jovens provem da falta de domínio próprio. Pais condescendentes não ensinam a seus filhos a abnegação. O próprio alimento que lhes colocam na frente é de moral a irritar o estômago. A excitação assim produzida comunica-se ao cérebro e em resultado despertam-se as paixões. Alimentos gordurosos e estimulantes torna o sangue febril, excita o sistema nervoso e muitas vezes embota as percepções morais, de modo que a razão e a consciência são levados pelos impulsos sensuais. É difícil, e muitas vezes quase impossível para o intemperante no regime, exercer paciência e domínio próprio.
Alimentos cárneos, excesso de gorduras, especiarias, alimentos excessivamente calóricos, café, chá preto, o excesso do uso do açúcar, os refrigerantes à base de cola são artigos alimentícios que se enquadram como sendo estimulantes. Mais uma vez deve ser lembrado o princípio da substituição. Deve ser usado como alimento frutas e verduras frescas em abundância, alimentos integrais, como também, uso abundante de água pura.
Ellen G. White confirma isso.
"Quanto mais cuidadosos fordes em vosso regime, mais simples e não estimulante o alimento que sustenta o corpo em sua harmoniosa ação, mais clara será vossa concepção do dever."
Tendo uma clara visão do dever, estaremos mais aptos a vencer os impulsos.
A ociosidade também é outro fator que merece grande atenção. Nenhum momento da vida deve ser dedicado à prática da ociosidade. Deve haver um plano, inventar meios para se manter sempre ocupado. A ociosidade, sem dúvida foi a raiz de muitos males na história deste mundo. E não há momento mais propício para a prática da masturbação do que nas horas dedicadas a ociosidade. É nestes momentos que a mente divaga no mundo carnal.
A ociosidade destruirá a alma e o corpo. O coração, o caráter moral e as energias físicas são enfraquecidos. Sofre o intelecto, e o coração é aberto a tentações como um caminho franqueado para cair em todo vício. O homem indolente tenta o diabo a tentá-lo a ele.
Que possa todo jovem que enfrenta a dificuldade de controlar seus impulsos sexuais, se envolver em atividades enobrecedoras; quer físicas ou intelectuais, principalmente as que tem a capacidade de elevar o nível espiritual.





Conclusão

Como podemos ver, a masturbação está aquém do plano original de Deus, em relação ao sexo, para a raça humana, pois o plano de Deus para o sexo é o prazer a dois, como também, a procriação, o que é impossível para esta prática egoísta.
Como vimos nos escritos de Ellen G. White, além da masturbação trazer diversas consequências ao físico, como também ao intelecto, pode afetar a espiritualidade do indivíduo. Fazendo assim com que a imagem de Deus seja gradativamente anulada.
Mas, através de medidas simples, como por exemplo; educar a mente para que se demore em coisas puras e moralmente sadias, e isso envolve, leituras, filmes e conversações; dar uma atenção especial à alimentação, ou seja, não ingerir alimentos que estimulem os impulsos sexuais, como por exemplo, alimentos cárneos, gorduras, café, chá preto, e alimentos excessivamente calóricos; dedicar-se a atividades quer físicas, mentais ou espirituais; contribuirá para atenuar o desejo pela masturbação.
Que este estudo possa ter trazido importantes esclarecimentos a respeito da masturbação. Sendo um assunto de tão vastas consequências, Deus não omitiu em Suas mensagens. Pois não é uma prática aconselhável aos jovens, deve ser abandonada o mais rápido possível.