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quinta-feira, março 10

Como se aproximar de Deus.

COMO SE APROXIMAR DE DEUS
(Zacarias 4:6)


Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
O rei beberia daquele cálice.
Pai, tenho mesmo de beber desse cálice?
Sim. Ninguém mais foi escolhido. Além de você.
O que passaria na mente do homem da cidadezinha do interior que nem no mapa constava?
O Rei olhou o cálice. Deteve seu olhar no Reino. Seus olhos ficaram úmidos.
Esse era o cálice que iria matar o “inimigo”
Não existe outra forma Pai?
Um silêncio perdurou na eternidade.
Hora da morte. Uma morte ensaiada vezes sem conta sobre falsos altares com falsos cordeiros.
O som do martelo ecoava. O ‘“inimigo” estava radiante. O lenho era levantado e enterrado na terra, no coração dos homens que o condenaram. O pecado inunda o Cordeiro. O cálice se torna fogo e O envolve...
A respeito de Suas vestes os soldados disseram: “Não as rasguemos, mas lancemos sorte sobre ela, para ver quem será”. (Jo 19:23-24).

Na tradição judaica toda mãe dava um veste ao filho quando saia de casa.  Sabemos que a túnica era tecida de cima para baixo e sem nenhuma costura. Por que isto era importante?
Descreve as Escrituras, várias vezes, a semelhança de nosso comportamento como as roupas que nós usamos. “Revesti-vos de humildade”, disse Pedro (1 Pe 5:5); Davi também fala da pessoa má que” vestiu  de maldição, tal como uma veste” (Sl 109:18). As roupas podem simbolizar o caráter, e, o caráter de Jesus era uma veste incorruptível. Era uma veste sem costura desde o céu a terra, dos pensamentos às ações. Um modelo de caráter sem costuras.

Porém, na cruz, Cristo tirou seu manto e colocou a veste da indignidade. Nu. Nudez absoluta. Envergonhado. Os pecados da humanidade estavam na nudez de Cristo. Cristo humilhado. Líderes religiosos satisfeitos com a vitória! Mas, Cristo vestido da indignidade, sem as vestes levou sobre seu próprio corpo a indignidade do pecado. (1Pe 2:24) e se tornou Rei e Sacerdote eterno.
A cena do calvário é a manifestação da “sombra” no Antigo Testamento. Que beleza haveria nos sacrifícios dos animais? Que beleza haveria no Cordeiro naquela sexta-feira? Em     (Êxodo 25:40) encontramos a resposta. Moisés recebia no Sinai a ordem divina “faze tudo como te mostrei”. Moisés recebia o plano da Salvação.. O homem não poderia interferir em nada ( Êx 31:1-6). O plano Divino representa a Graça de Deus, sem a participação do homem. Essa é a verdade relacionada na Cruz.
Foi a Sabedoria de Deus  que planejou a Redenção do homem através do sangue ( 1Co 1,2); e o Espírito de Deus  que realiza e aplica esta obra da Cruz. (Zc 4:6; Jo 3:1-5) Deus tem seu próprio projeto concebido antes da criação do homem. Nenhum meio substituto de Salvação é aceito.
Acaz pensou que poderia se aproximar de Deus da sua própria maneira, e deixou de lado o altar de Deus para estabelecer um altar falso (2 Rs 28:5,19,21). Mas, nada disso adiantou        (2 Cr 28:5,19,21). Ninguém pode se aproximar de Deus senão pela Cruz.
Entendamos a “sombra” do AT que nos conduz até ao Calvário: - Deus, para tornar seu povo santo instituiu o Tabernáculo. ora denominado como Tabernáculo de Moisés.  O Tabernáculo tem em suas “sombras” todo o Plano de Salvação. (em posterior estudo aprenderemos sobre este tema). Na entrada havia o Altar de Bronze. Na Dedicação deste altar e do Tabernáculo, a Glória de deus veio sobre a Arca no Lugar Santíssimo derramando fogo divino que queimou os sacrifícios no altar. Este fogo originou a Glória de Deus. O fogo deveria permanecer permanentemente aceso, sem nunca se apagar. O fogo foi aceso por Deus, mas, caberia ao homem trazer a madeira para que o fogo nunca se apagasse. Deus é fogo consumidor. Assim, Cristo foi divinamente consumado. Na Cruz, o fogo deixou a glória da Santidade de Deus acendendo a ira divina contra o pecado ( Jo 3:16; Mt 3:16). O cristão deve também manter aceso o fogo no altar e se apresentar todo dia como sacrifício vivo a Deus. (2 Ts 1:7-10).
Ao longo das Escrituras lemos vários casos de fogo caindo do céu em aprovação a certos sacrifícios;

O fogo caiu sobre: o sacrifício oferecido por Abel pela fé. (Hb 11:4; Gn 4:1-6); sobre a Dedicação do Altar no Tabernáculo de Moisés (Lv 9:22-24) ;o Altar de Davi no templo (2 Sm 24); o altar do templo de Salomão ao ser dedicado ao Senhor (2Cr 7:1-3); o Altar de Elias no monte Carmelo (1Rs 18:38,39); figurativamente sobre Jesus, no Calvário quando ele tomou nossos pecados (Hb 12:29). Foi na Cruz que Cristo recebeu o batismo de fogo.


Uma vez que o fogo foi aceso por Deus, coube ao homem levar o fogo e acender o Candelabro e o Altar do Incenso. Assim, o fogo, saído da Glória de Deus deu origem a todas as luzes a partir daí. Soberanamente a chama da Igreja em Pentecostes foi acesa. Enquanto no At os animais eram sacrificados como meio substituto, no NT somos convidados a colocar nosso Sangue (alma) no Altar em perfeito sacrifício vivo. Hoje o Espírito Santo nos faz subir à presença de Deus como sacrifícios vivos (Mt3:11,12,15,16).
O sangue derramado nos altares significava que ali era um lugar santo onde a Glória se manifestava.. O Sangue transforma tudo, redime a alma. (Lv 17:11-14).
Deus prometeu: ”Quando eu vir o sangue, passarei adiante” (Êx 12:12,13; Rm 5:9,10;3:24, 25).
Não havia beleza alguma no derramamento de sangue.Ali era um local de juízo, fumaça e muito sangue derramado. Esta cena apontava para o Calvário (era uma “sombra”) No Calvário estava o pecado e a morte, a vitória sobre o “inimigo”.
O Calvário é então o cumprimento de toda profecia no AT. Os cristãos são, hoje, chamados a serem reis e sacerdotes diante de Deus segundo a Ordem de Melquisedeque. (Ap 1:6; 5:9,10; 1 Pe 2:5-9). O cristão deve ser purificado pelo Sangue de Jesus (Hb 13:12), batizado em água (Jo 17:17) e depois ungido com o Espírito Santo, (1 Pe 1:2).
Podemos ler em (1 Cr 15:12,14) o notável processo de santificação entre os levitas, para o desempenho de suas funções. A palavra santificar significa colocar-se à parte como santo para o Senhor, ou consagrar para uso santo. As leis da Santificação ou Consagração se encontram em : Êx 29 e Lv 8 .

Separados de todo o mal, consagrados diante do Senhor para o serviço sacerdotal. Estas lições no AT contém  ma semente espiritual para a Igreja de nossos dias..
Certamente não foi esquecido que os hebreus foram sujeitos a escravidão por 430 anos. No deserto Deus ensinou como adorá-Lo. Deus queria seu povo Santo. “Por que eu sou Santo, meu povo será santo”. Mas, esse povo sofria de colapsos de fé. Acreditavam nos 5 sentidos. Lemos no At, no livro de Josué a diferença entre os espiões da antiga geração e os da nova geração. Os últimos viam ao Pai, os primeiros continuavam vendo gigantes e se julgavam como gafanhotos. Essa é a diferença de quem recebeu o Sangue do Cordeiro – recebemos vitória em todo lugar.
Deus lhe deu então meios para se lembrarem Dele, através do modelo sacrifical que apontavam para a vinda do Messias. E, o que aconteceu quando o Verbo se fez carne e tabercanulou entre nós? Deparou-se com falsos altares, idolatrias. Estavam tão envolvidos em práticas cerimoniais que não O reconheceram e acabaram  forçando  o imperador romano a  cruxificá-Lo. Deus, em sua onisciência instituiu o Sangue como meio de redenção. Assim, o Tabernáculo era a parte visível de um Deus que é Espírito, e de Seu plano. Jesus disse: “não penseis que vim que vim para revogar a Lei ou os profetas. Não vim para revogar, mas para cumprir” (Mt 5:17).
Foi trespassado. Bradou: está consumado e o véu se rasgou de alto a baixo pelo meio.
O que foi consumado? O cerimonial do AT inteiro, moral e o direito civil foram pregados naquela cruz fora de Jerusalém. Acabavam-se as “sombras”. Agora o homem teria de viver pela Graça. Leia em ( Lc 24:25-27) o que Jesus disse aos dois homens a caminho de Emaús
O povo habituado a rituais olhava estruturas físicas, (Hebraico: Mikdash) do templo. Mas, Jesus disse: “destruam este templo e o refarei em três dias”. Jesus usou a palavra hebraica Mishkan que significa – presença. Daí Paulo afirmar: ”Não sabeis que sois Templo (Mishkan) do Espírito Santo”. Nós somos Templo vivo. Deus não habita em edifícios, mas dentro do Seu povo. Nós temos a Presença  dEle em nós.(leia Rm 10). Assim se referiu o profeta Jeremias (626-586 aC) “Na mente vos imprimirei as minhas leis, também no coração lhes inscreverei:eu sou o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31:33).

O que você faria para fugir do Cálice? Oro para que você aceite a vontade do Pai quando lhe for ordenado a beber de seu cálice. Poderá o homem algum dia chegar a tal profundidade de tomar o Cálice?
Que seu corpo seja aposento permanente de Cristo, como disse João: “Todo aquele que permanece em amor permanece em Deus e Deus nele” (1 Jo4:16); “Estai em Mim, e eu, em vós, como a vara de si mesmo não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim, também vós, se não estiverdes em Mim”.(Jo15:4)

Confesse em sua vida as palavras do salmista: “A quem tenho nos céus senão a Ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto de Ti. O meu  corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. A teu respeito diz o meu coração: busque a minha face! A tua face, buscarei”. (Sl 73:25,26; 27:8).


Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?
O rei beberia daquele cálice.
Pai, tenho mesmo de beber desse cálice?
Sim. Ninguém mais foi escolhido. Além de você.



Deus te abençoe grandemente.
BP, Luis Sousa

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