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A relaçao das Testemunhas deJeova com HITLER



Comprometimento com o Nazismo  
   Em 25 de Junho 1933, na Alemanha, em pleno regime nazista – após ataques do governo à sede das Testemunhas de Jeová (‘Estudantes da Bíblia’), em Magdeburg – uma conferência de cerca de 5000 adeptos da religião foi secretamente realizada em Berlim. Nesta conferência foi redigida aquela que ficou conhecida como Declaração de Fatos (Erklärung) , bem como uma carta pessoal a Adolf Hitler, ambas contendo expressões de elogio aos ‘princípios’ do governo nazista e ataques ao povo judeu, aos Estados Unidos e à Grã-Bretanha. A própria Sociedade Torre de Vigia não nega a existência da ‘Declaração de Fatos’ . Uma transcrição da mesma foi publicada, em inglês,  no ano seguinte ao de sua escrita, no Anuário das Testemunhas de Jeová de 1934, com conteúdo idêntico aos originais em alemão. Ainda hoje, podem-se encontrar cópias de tais documentos no Museu do Holocausto (EUA). 
   Cerca de 40 anos depois, no Anuário de 1974 (1975, em português), a religião admite que o documento provocou um sério mal estar em muitos dos presentes à reunião. De modo lacônico, o artigo diz que o conteúdo da declaração havia sido "amainado" - um eufemismo, se considerarmos o seu teor anti-semita e o endosso expresso aos princípios nazistas (ditos ‘apolíticos’). Mesmo assim, a declaração foi distribuída aos milhões. O artigo prossegue acusando o representante pela sede alemã na época – Paul Balzereit – de ser o responsável por uma alteração no conteúdo dos documentos – o que, na prática, corresponde a uma admissão de que seu conteúdo era, de fato, comprometedor. 
   Mais recentemente, na revista Despertai! de 8/7/1998, a religião admite que a acusação era inverídica, absolve o acusado  e adota agora outra linha de defesa, ou seja, a justificação do conteúdo destes dois documentos. Trata-se de matéria longa, de conteúdo chocante, para cujo porte não se dispõe de espaço neste artigo. Além disso, mais de cinco décadas de separação entre este embaraçoso documento e a vasta maioria  das Testemunhas de Jeová na atualidade certamente contribuem para o obscurecimento da gravidade de seu conteúdo na mente delas. Assim sendo, transcreverei  alguns dos trechos mais chocantes da Declaração de Fatos, precisamente aqueles que as publicações recentes das Testemunhas de Jeová normalmente omitem ou tentam justificar. Queira o leitor prestar atenção ao modo como a organização fala do povo judeu e de que forma ela se posiciona diante dos princípios do governo nazista:
“O governo atual da Alemanha declarou-se enfaticamente contra os opressores do  Grande  Comércio e em oposição à influência religiosa errada nos assuntos políticos da nação. Essa é exatamente a nossa posição: ...Longe de estarmos contra os princípios advogados pelo governo da Alemanha, nós apoiamos sinceramente esses princípios e sublinhamos que Jeová Deus através de Jesus Cristo causará a realização completa destes princípios...
“Somos falsamente acusados pelos nossos inimigos de termos recebido dos judeus apoio financeiro para o nosso trabalho. Nada está mais longe da verdade. Até este momento, nunca houve a mínima quantia de dinheiro contribuída para o nosso trabalho pelos judeus. Nós somos os seguidores fiéis  de Cristo Jesus e acreditamos Nele como sendo o Salvador do mundo, enquanto os judeus rejeitam inteiramente Jesus Cristo e negam enfaticamente que ele seja o Salvador do mundo enviado por Deus para o bem do homem.
Por si só, isto devia ser prova suficiente em como nós não recebemos nenhum apoio dos judeus e portanto as acusações contra nós são maliciosamente falsas e só podiam vir de Satã, o nosso grande inimigo. “
Foram os homens de negócios Judeus do Império Anglo-Americano que estabeleceram e têm mantido os Grandes Negócios como um meio de explorar e oprimir os povos de muitas nações.... Este fato é tão manifesto na América que existe um provérbio a respeito da cidade de Nova Iorque que diz: “os Judeus são donos dela, os Católicos Irlandeses governam-na, e os Americanos pagam os impostos.”
[Os] Estudantes da Bíblia estão lutando pelos mesmos objetivos e ideais elevados e éticos que o Reich alemão nacional proclamou a respeito do relacionamento do Homem com Deus.... não existem pontos de vista conflitantes... mas antes, pelo contrário, no que diz respeito  aos  objetivos  puramente religiosos e apolíticos... estes estão em harmonia completa com... o Governo Nacional do Reich alemão.”    
Eis uma fotocópia das duas primeiras páginas da "Declaração de Fatos":
 
Erklärung - Amabilidades a Adolf Hitler
   O livro The  Nazi  State  and the  New  Religions  [O  Estado  Nazi  e as Novas Religiões]  de  Christine King (1982),  diz  o  seguinte  sobre  a  ‘Declaração de Fatos’:
“O documento é uma obra prima no gênero e digna das outras quatro seitas [os Cientistas Cristãos, os Santos dos Últimos Dias, os Adventistas do Sétimo Dia e os membros da Nova Igreja Apostólica], tendo todas elas apoiado, de uma maneira ou de outra, o estado Nazi. Tendo tentado assegurar às autoridades, pela Declaração de Fatos, que eram bons cidadãos, tendo interpretado e explicado os seus ensinos   de   um modo  que, dadas as preocupações do regime,   pretendia acalmar medos e oferecer  uma certa medida de compromisso, as Testemunhas parecem ter esperado que  daí em diante não teriam mais incômodos. Não se tinha a declaração juntado  aos Nazis na condenação da Liga das Nações, não tinha descrito o Nacional Socialismo como estando contra as injustiças que os alemães tinham sofrido desde 1919 e não tinha terminado com um apelo pessoal ao ‘führer’?”
   O episódio em questão é mencionado na própria publicação de História Oficial das Testemunhas de Jeová, o livro Proclamadores, pág. 693. Curiosamente, o livro nada diz sobre o conteúdo destes documentos, embora mostre a íntegra de diversos outros que lhe são favoráveis – como o documento de renúncia à fé, redigido pelos nazistas. Recentemente, a entidade tem estado empenhada em uma campanha de ‘saneamento’ deste embaraçoso capítulo de sua história, por meio de sua literatura e de um site na Internet, intitulado “triângulos roxos”, onde descreve a bravura com que muitos Estudantes da Bíblia enfrentaram o confinamento aos campos de concentração. Embora, de fato, a maioria dos fiéis na Alemanha, durante a II Guerra Mundial – de modo semelhante aos membros de diversas outras religiões, cujo suplício o livro Proclamadores não menciona – tenham individualmente resistido à opressão nazista, também é fato que o líder da entidade à época, J. F. Rutherford (2º presidente e autor de diversos livros da religião) empreendeu, por meio da Declaração de Fatos e de uma carta pessoal, uma tentativa de compromisso com o führer – Adolf Hitler. Todavia, diversas  publicações das Testemunhas de Jeová fazem pesadas críticas às lideranças de outras denominações religiosas por terem tentado a mesma coisa. Por exemplo, a revista A Sentinela de 1/1/1989 (pág. 21, em inglês) acusa outras religiões de terem se comprometido “de forma lamentável” com o nazismo. Ao passo que o Corpo Governante das Testemunhas de Jeová (atualmente composto de 13 membros) prefere olvidar tais fatos com relação à sua própria organização, repare o leitor o  que ele afirma em um trecho da referida revista:
“As religiões principais, tanto católica como protestante, comprometeram-se de forma lamentável em prestar honra ao nazismo, idolatrando o führer, saudando sua bandeira suástica e abençoando suas tropas enquanto estas partiam para massacrar seus irmãos de fé de nações vizinhas. Os assim chamados ‘cristãos’ de todos os credos – exceto as Testemunhas de Jeová – foram apanhados em fervor patriótico.”
   Em vista dos documentos aqui apresentados, creio que o leitor está, por si mesmo, apto a avaliar se tais palavras correspondem à verdade dos fatos...

Carta da Watchtower Para Adolf Hitler

Introdução e tradução: Odracir
Prezados amigos
Há dias venho trabalhando na tradução de um documento que, creio, desfere um golpe certeiro e mortal na suposta idoneidade da Watchtower. Trata-se da carta (de bajulação) a Adolf Hitler, datada de 1933. De lá para cá são mais de 60 longos anos de esquecimento, tempo mais do que suficiente para os fatos serem esquecidos e encobertos ou, quando vêm à tona, "branqueados". A Torre de Vigia tem o hábito nada salutar de lançar pesadas críticas a outras religiões por sua conivência ou covardia perante os nazistas, ao passo que oculta o seu próprio passado.
Está ela até mesmo a fazer uma campanha mentirosa de exposição de sua entidade como opondo-se a Hitler desde o princípio, quais mártires em campos de concentração, por meio de vídeos ("triângulos roxos"). De fato, muitas TJ foram enviadas a tais campos. Todavia esta é apenas uma parte da história, pois o Corpo Governante estremece só em pensar na possibilidade de a parte oculta deste episódio vir a público.
Mesmo as pobre vítimas da Sociedade Torre de Vigia não têm qualquer conhecimento de que a sua organização também tentou, a exemplo de outras religiões, apaziguar Hitler por fazer-lhe "cócegas nos ouvidos", com expressões de apoio e lisonjas ao "führer", bem como ataques à Grã-Bretanha, aos Estados Unidos e aos judeus. Muitos não sabem que, na verdade, os líderes da Sociedade Torre de Vigia tentaram "lamber as botas" dos nazistas e que, Rutherford, após breve visita a Alemanha, partiu de volta à América, deixando a "raia miúda" entregue à própria sorte, a defender com sua vida uma integridade organizacional que não existia. Estes pobres coitados — juntamente com judeus, ciganos, comunistas, homossexuais e dissidentes, entre estes pessoas de outras religiões, que a Sociedade Torre de Vigia não gosta de mencionar — foram lançados aos campos de concentração, pagando, ignorantes, com sua dor, o preço do mito, do grande mito que é a Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados.
Passo a expor, na íntegra o conteúdo da tal carta, bem como comentários sobre o mesmo. Vejam, por si mesmos QUEM de fato é a Sociedade Torre de Vigia. Eu enumerei os parágrafos de 1 a 25, de modo a facilitar a consulta do leitor.
A carta mostra alguns pontos flagrantemente comprometedores para quem professa ser o "escravo fiel e discreto", escolhido por Deus desde 1919, portanto, 14 anos ANTES da publicação desta infame carta. Vamos a eles:
1) A "sociedade" estranhamente, no parágrafo 2, chama os clérigos católicos de "cristãos" e não de "cristandade", como é costumeiro encontrar em sua literatura ao atacar outras religiões. Este inesperado e subreptício "ecumenismo" dificilmente se harmonizaria com a doutrina da única religião verdadeira, os únicos e autênticos cristãos, separados do "mundo" (João 15:18, 19) e de "Babilônia" (Apocalipse 17:5).
2) Nos parágrafos 7 e 8, a "sociedade" se diz extremamente amigável à Alemanha, afirmação que não seria de se estranhar caso não proviesse de uma organização que se diz apolítica, não distinguindo as pessoas por nação, raça ou etnia. Por outro lado, ataca os Estados Unidos (irônicamente, o seu país-sede), a Igreja Católica e os judeus, chamando a estes dois últimos de perseguidores de seu trabalho, num discurso, sem dúvida, bem agradável aos nazistas, os quais pretendiam exterminar os judeus da face da terra e dominar o mundo. A Torre de Vigia não teve aqui a coragem de informar aos nazistas que, para Deus, "não há nem judeu nem grego, não há nem escravo nem homem livre..." (Gálatas 3:28), mas que, "..em cada nação, o homem que teme [a Deus] e que faz a justiça lhe é aceitável" (Atos 10:35) Adicionalmente, queira notar o leitor que a própria Sociedade Torre de Vigia afirma que sua organização tomou uma posição CONTRA (e não neutra) a propaganda desfavorável à Alemanha naquele período, reconhecidamente "negro" de sua história. Não incorre tal afirmação em uma violação do princípio da "neutralidade cristã"?
3) Nos parágrafos 14 e 15, A Sociedade Torre de Vigia diz que NÃO HÁ DIVERGÊNCIAS ENTRE SEUS OBJETIVOS E OS OBJETIVOS DO GOVERNO NAZISTA. Chega, inclusive, ao ponto de classificar os princípios de Hitler como "elevados ideais". Embora, num linguajar altamente dúbio, ela mencione ideais "apolíticos" e "religiosos", é difícil para alguém com um mínimo de honestidade para com a História, dizer que ideais nazistas são estes que se harmonizam com o pensamento de Cristo. A "sociedade", no entanto, não parece aqui encontrar dificuldade em harmonizar Hitler e Jesus Cristo. Ademais, ela não pode, em sua defesa, alegar desconhecer os objetivos do Terceiro Reich à aquela altura, pois, cerca de uma década antes (1923), Hitler e os Nazis tentaram um golpe de estado, sendo que Hitler, durante o período em que esteve na prisão, escreveu seu livro "Mein Kampf" ("Minha Luta"), que é a própria "bíblia" do nazismo, disponível a quem quisesse tomar conhecimento dele. Era a Sociedade Torre de Vigia ignorante destes fatos? A história mostra que não, pois, mais adiante a própria Sociedade Torre de Vigia menciona parte do estatuto nazista.
4) No parágrafo 16, a Sociedade Torre de Vigia centra o seu ataque agora à Grã-Bretanha, em especial à Inglaterra, apesar de nestes países não ter havido perseguição à sua entidade do modo como acontecia, àquela época, na Alemanha. A despeito de se dizer "neutra" em assuntos políticos e "separada do mundo", a Torre de Vigia acusa a Inglaterra e os Estados Unidos de tratarem injustamente a Alemanha e de imporem-lhe pesados "fardos". Pode-se classificar estas declarações como expressão da assim chamada "neutralidade cristã"? Deve o leitor notar que ela própria afirma que, "quer em sentido financeiro, POLÍTICO ou católico romano", o conteúdo de seus livros é dirigido contra os "opressores" do povo alemão, ou seja, os Estados Unidos e a Inglaterra.
5) No parágrafo 18, a Sociedade Torre de Vigia expressa a decisão de seus próprios membros de se submeter às proibições impostas pelo governo, na suposição de que Hitler logo mudaria o decreto. Uma posição bastante estranha se considerarmos o princípio de "obedecer a Deus como governante antes que aos homens" (Atos 5:29) Estariam os cristãos a temer os nazistas antes que a Deus? Deveriam os verdadeiros cristãos obedecer, ainda que só por um tempo, ordens contrárias à sua consciência?
6) No parágrafo 20, a Sociedade Torre de Vigia afirma que o documento entitulado "Declaração de Fatos" foi lido perante os 5.000 congressistas e aprovado UNANIMEMENTE. Apesar de, no anuário de 1975, ser dito que muitos irmãos discordaram do teor deste documento, relata-se que, mesmo assim, providenciaram que fosse distribuído aos milhões. Por que razão não protestaram e exigiram um esclarecimento dos fatos? Seria por temor de Hitler? (em breve, exporei a íntegra deste documento também altamente comprometedor)
7) No parágrafo 21, a carta classifica de "JUSTOS" os princípios do partido nazista, os quais ela própria passa a transcrever nos parágrafos 22 e 23, mostrando NÃO desconhecer os objetivos do Terceiro Reich. Deve o leitor notar que tais princípios exaltam a raça germânica e expressam o mais puro anti-semitismo. Aqui, a Sociedade Torre de Vigia não teve sequer o cuidado de omitir, ao menos, a segunda parte do estatuto nazista, onde se faz um ataque preconceituoso e criminoso contra o povo judeu. No afã de ser agradável a Hitler, os "homens de Brooklyn" acabaram por converter-se, na prática, ao nazismo, seja por endossarem a glorificação da raça ariana, seja por endossarem o anti-semitismo.
8) No parágrafo 24, não considerando suficiente o endosso do estatuto nazista, a Watchtower pede para ser julgada, primariamente, pela Bíblia e, secundariamente, pelo programa nazista, como se fosse possível a harmonia entre estes dois compêndios. Ora, o que pode haver em comum entre o cristianismo e o nazismo? Não é um a negação do outro? Na prática, isto é o mesmo que alguém pedir para ser julgado, em parte, pela palavra de Deus e, em parte, pela palavra de Satanás.
9) Finalmente, no parágrafo 25, a Watchtower despede-se do "führer" com lisonjas, dizendo-se desejosa de ter a aprovação dele. Em nenhum trecho desta carta, seguiu ela o exemplo dos hebreus Sadraque, Mesaque e Abednego (Daniel 3:13-18), os quais, diante do poderoso rei da Babilônia, negaram-se a cumprir o seu decreto, mesmo ao preço de suas vidas. Em nenhuma parte deste documento, tiveram os "homens de Brooklyn" a bravura de mostrar o conflito óbvio entre os ensinos de Cristo e o programa do partido nazista. Fizeram isto por receio? Jesus Cristo disse:
"Todo aquele que ficar envergonhado de mim e das minhas palavras, nesta geração adúltera e pecaminosa, deste o Filho do homem também se envergonhará, quando chegar na glória de seu Pai, com os santos anjos." (Marcos 8:38)
Assim sendo, conforme afirmou o professor James Penton, em sua carta à Watchtower, a Sociedade Torre de Vigia praticou prostituição espiritual, a exemplo das irmãs Oolá e Oolibá, mencionadas por um profeta bíblico. Seria exagero classificar tal documento como "fornicação espiritual com o nazismo"?
É também digno de nota que o conteúdo desta carta, bem como da "declaração de fatos", é tão devastador para a "organização", que ela jamais o expõe por inteiro em sua literatura, limitando-se à publicação apenas de um trecho do parágrafo 7 e omitindo as partes mais comprometedoras. Como o outro documento (a declaração de fatos) alcançou distribuição em larga escala, não sendo possível sua ocultação, ela tratou de "sanear" o episódio por culpar o Sr. Balzereit, o qual redigiu a carta juntamente com o próprio Rutheford. O curioso é que, além de não apresentar provas de tal fato, ela ainda afirma não ter sido a primeira vez que esta pessoa "amainava" o conteúdo de declarações da Sociedade Torre de Vigia às autoridades. Estranho é que tal pessoa, diante de tais acusações, ainda estivesse de fato, a ocupar posição de direção da sede na Alemanha. De sobremaneira estranho, tendo em vista que tais designações são supostamente feitas sob a orientação do Espírito Santo.É também, da mesma forma, intrigante que ela não tivesse providenciado em tempo hábil a supressão de tal documento espúrio nem tenha emitido nenhuma nota pública dando a conhecer tal suposta "fraude". Sabe-se ser típico das grandes corporações lançar a responsabilidade por seus atos condenáveis a pessoas individuais, a atos isolados, eximindo-se, assim, da culpa por tais atos. Seria este o caso? Os leitores poderão ler a íntegra desta tentativa de "branqueamento" da história no Anuário de 1975.
Eis o conteúdo da famigerada carta, um conteúdo claramente anti-semita e hostil à Grã-Bretanha e aos Estados Unidos e, no entanto, bastante "simpático" à Alemanha nazista. Tirem sua conclusões...
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, Ramo Alemão,Wachtturmstrasse 1-19, Magdeburg/Alemanha: Postsch 4042 Telefone, Magdeburg 405 56, 405 57, 405 58
 
Caro Chanceler,
[1]       Em 25 de Junho de 1933, no Sporthalle Wilmersdorf, em Berlim, houve uma conferência de aproximadamente 5.000 Estudantes da Bíblia (Testemunhas de Jeová), representando diversos milhões de alemães que são amigos e seguidores deste movimento por muitos anos. O objetivo desta conferência, à qual compareceram representantes de todas as comunidades de estudantes da Bíblia da Alemanha, foi encontrar meios e formas de informar ao Chanceler, bem como a outras altas autoridades do Reich alemão e o governo de seus países individuais do que se segue:
[2]       Em diversas partes do país, ações estão sendo tomadas contra uma corporação de sérios cristãos, homens e mulheres, que tem no cristianismo positivo o seu fundamento. Tais ações só podem ser descritas como perseguição de cristãos contra outros cristãos, já que as acusações — as quais tem levado a tais ações contra nós — provêm primariamente de clérigos, especialmente católicos, e são inverídicas.
[3]       Estamos absolutamente convencidos da imparcialidade das autoridades do governo que lidam com esta situação. Ainda assim, concluímos que o conteúdo de nossa literatura e o propósito de nosso movimento são amplamente mal interpretados em razão das acusações dirigidas a nós por nossos opositores religiosos e que poderiam resultar em um ponto de vista deturpado. Isto também poderia se dever ao volume de nossa literatura e a alta sobrecarga de trabalho sobre os respectivos funcionários.
[4]       Por esta razão, os assuntos discutidos na conferência foram expostos na forma de uma declaração da Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, a fim de informá-lo, Sr. Chanceler, bem como as altas autoridades do Reich Alemão e seus países, com um documento, do fato de que os Estudantes da Bíblia da Alemanha têm apenas um objetivo em seu trabalho, a saber, conduzir as pessoas de volta a Deus e ser testemunhas do nome de Jeová, o altíssimo, o pai de Nosso Senhor e redentor aqui na terra, Jesus Cristo.
[5]       Estamos convencidos de que o Sr. Chanceler não permitirá que tais atividades sejam perturbadas. As congregações dos Estudantes da Bíblia da Alemanha e seus membros são, em geral, conhecidos como respeitáveis defensores do Altíssimo e zelosos estudantes da Bíblia. As autoridades policiais locais deverão atestar o fato de que os Estudantes da Bíblia têm de ser contados dentre os elementos do país e seu povo que são conhecidos pelo seu amor e apoio à ordem. Sua única missão é conduzir os corações humanos a Deus.
[6]       A Torre de Vigia de Bíblias e Tratados (situada em Magdeburg / Alemanha) é o centro organizador da missão dos Estudantes da Bíblia.
[7]       A sede de Brooklyn da Sociedade Torre de Vigia é — e sempre tem sido — extremamente amigável à Alemanha. Em 1918, o presidente da sociedade e sete membros da diretoria nos Estados Unidos, foram sentenciados a 80 anos de prisão, por motivo de que o presidente se recusou a permitir que duas revistas nos Estados Unidos, as quais ele editava, fossem usadas para fazer propaganda de guerra contra a Alemanha. Estas duas revistas, “A Sentinela” e “Estudante da Bíblia” (mensal), foram as únicas revistas nos Estados Unidos que se recusaram a publicar propaganda anti-germânica e, por esta razão, foram proibidas e suprimidas na América durante a guerra.
[8]       Da mesma maneira, no curso dos meses recentes, o conselho de diretores de nossa sociedade não apenas recusou engajar-se em propaganda contra a Alemanha, mas até tomou posição contra isto. A declaração anexa assinala este fato e enfatiza que as pessoas na liderança de tal propaganda de horror nos Estados Unidos (homens de negócios Judeus e católicos) são também os mais severos perseguidores do trabalho de nossa sociedade e seu conselho de diretores. Esta e outras declarações destinam-se a repudiar a injuriosa acusação de que os Estudantes da Bíblia são apoiados pelos judeus.
[9]       A conferência de 5.000 delegados recebeu a declaração do governador em Magdeburg com grande satisfação, o qual disse não se poder provar que haja qualquer relação entre os Estudantes da Bíblia e os Comunistas ou Marxistas, como foi declarado por nossos opositores religiosos (o que quer dizer que tais declarações não passam de injúria). Uma reportagem de imprensa no Magdeburg Daily News n.º 104, de 5 de Maio de 1933, diz:
[10]       “A declaração do governo referente à ocupação da sede dos Estudantes da Bíblia: O departamento de Imprensa emitiu a seguinte informação: ‘A Ocupação da propriedade da Sociedade dos Sérios Estudantes da Bíblia em Magdeburg foi suspensa em 29 de Abril, já que nenhum material que confirmasse as atividades comunistas foi encontrado’.    [11]       Outra reportagem no Magdeburg Daily News n.º 102, de 3 de Maio de 1933, diz:
[12]       “O escritório dos Estudantes da Bíblia informou-nos que as ações tomadas contra a Sociedade Torre de Vigia e a Sociedade dos Estudantes da Bíblia foram abolidas. Toda a propriedade foi devolvida já que uma ampla revista resultou em que nada pode ser afirmado contra esta sociedade, seja por atividades políticas ou criminosas. Também concluiu-se que ambas as sociedades são de natureza absolutamente apolítica e religiosa. A pedido, o governo confirmou a correção de tais declarações.”
[13]       A conferência de 5.000 delegados enfatizou que, em face destas circunstâncias, considerou aquém de sua dignidade até mesmo defender-se, no futuro, de quaisquer acusações desonrosas sobre atividades marxistas ou mesmo comunistas. Tal injúria refutada de nossos opositores religiosos indubitavelmente carrega o sinal da competição religiosa. O objetivo deles é sufocar um proclamador honesto por meios repulsivos ao invés de pelo uso da palavra de Deus.
[14]       A conferência de 5.000 delegados também afirmou — como expresso na declaração — que os Estudantes da Bíblia da Alemanha estão lutando pelos mesmos elevados objetivos éticos e ideais, os quais o governo nacional do Reich Alemão proclamou no que se refere à relação dos humanos com Deus, isto é: a honestidade do ser criado em relação ao seu criador.
[15]       A conferência chegou à conclusão de que não há quaisquer divergências entre os Estudantes da Bíblia da Alemanha e o governo nacional do Reich Alemão. Ao contrário, em relação aos objetivos puramente religiosos e apolíticos e o empenho dos Estudantes da Bíblia, pode-se dizer que estão em pleno acordo com os objetivos idênticos do governo nacional do Reich Alemão.
[16]       Em razão do suposto linguajar áspero de nossa literatura, alguns de nossos livros foram banidos. A convenção de 5.000 delegados salientou que o conteúdo de nossos livros que foram desaprovados referiam-se apenas a circunstâncias no Império Mundial Anglo-americano e que este — especialmente a Inglaterra — deve ser responsabilizado pela Liga das Nações, pelo tratamento injusto e pelos fardos impostos à Alemanha. As coisas ditas no espírito acima mencionado são, desta forma, dirigidas — quer em sentido financeiro, político ou Católico Romano — contra os opressores do país e do povo alemão, não contra a Alemanha combatendo estes fardos. De modo que esta proscrição (contra a literatura dos Estudantes da Bíblia) não faz sentido.
[17]       Em algumas partes do país os Estudantes da Bíblia são proibidos até mesmo de se reunirem para orações e serviços religiosos e, por muitas semanas, esperam por uma solução para esta situação, a qual é sufocante para suas vidas religiosas. Sobre esta situação, foi expresso o seguinte:
[18]       “Nós queremos viver de acordo com a proibição a nós imposta, pois estamos confiantes de que o Sr. Chanceler e o alto governo irão suspender tal proibição — a qual força dezenas de milhares de homens e mulheres cristãos ao martírio que só pode se comparar ao dos primitivos cristãos — após terem obtido entendimento da real situação.”
[19]       Finalmente, a conferência de 5.000 delegados expressou que tanto os Estudantes da Bíblia quanto Organização Torre de Vigia são pela manutenção da ordem e da segurança dentro do estado, bem como pela promoção dos elevados ideais do governo nacional no campo da religião. A fim de dar a conhecer tais coisas ao Sr. Chanceler e às outras altas autoridades do Reich, os sentimentos acima expressos de forma resumida foram expostos em detalhes na declaração anexa.
[20]       A Declaração anexa foi lida pelo secretário aos 5.000 delegados da conferência dos Estudantes da Bíblia. Ela foi aprovada unanimemente e adotada com a instrução de se enviar uma cópia simples da mesma, juntamente com este relato da conferência, ao Sr. Chanceler e todos os outras altas autoridades do governo do Reich e seus países.
[21]       Isto é feito com o mais respeitoso apelo de que o pedido expresso na declaração, seja recebido com favor: Ou seja, que uma comissão composta por nossos membros tenha a oportunidade de, pessoalmente, explicar a verdadeira situação ao próprio Sr. Chanceler ou ao ministro de assuntos internos. Alternativamente, pedimos ao Sr. Chanceler que designe uma comissão de homens que não tenham qualquer preconceito religioso contra nós — homens que não tenham interesses profissionais religiosos, mas que estejam apenas interessados em aderir aos justos princípios como foram estabelecidos pelo próprio Chanceler — para investigar nossa situação imparcialmente. Os princípios mencionados referem-se ao parágrafo 24 do programa do Partido Nacional socialista dos Trabalhadores Alemães (partido nazista), que diz:
[22]       “Nós reclamamos a liberdade de todas as denominações religiosas dentro do estado, conquanto que elas não ponham o próprio estado em perigo ou violem os valores morais da raça germânica.
[23]       O partido, como tal, representa o ponto de vista do cristianismo positivo sem estar ligado a qualquer denominação particular. Ele luta contra o espírito judeu-materialista de dentro e de fora do país e está convencido de que uma recuperação duradoura de nosso povo só pode provir de dentro para fora.”
[24]       Estamos plenamente convencidos de que, uma vez tenhamos sido julgados imparcialmente, com base, primeiro, na palavra de Deus e, segundo, nos parágrafos acima mencionados, o governo nacional da Alemanha não encontrará qualquer razão para impedir nossos serviços religiosos e atividades missionárias.
[25]       Ansiosos por sua gentil aprovação, a qual esperamos receber em breve, desejamos afirmar nossa mais alta estima ao honorável Sr. Chanceler.
Sinceramente,
Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados
Sugiro a cada um que se torne um proclamador, conforme diz a própria sociedade, mas um proclamador destes fatos, os quais deveriam ser de domínio público e não podem ser classificados de calúnia, pois o documento tem a chancela da própria Watchtower. Quem desejar ver os originais, consulte-me ou vá à HP Watchtower Observer, onde eles estão disponíveis.
Uma pergunta: alguém aqui tinha conhecimento do conteúdo desta carta ANTES de se batizar???

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