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segunda-feira, abril 30

O Ladrão não foi para o paraiso (Lutero)


Martinho Lutero: defensor do princípio da mortalidade da alma



Um defensor do princípio da mortalidade da alma foi Martinho Lutero:

"Differunt tamen somnus sive quies hujus vitae et futurae. Homon enim in hac vita defatigatus diurno labore, sub noctem intrat in cubiculum suum tanquam in pace, ut ibi dormiat, et ea nocte fruitur quiete, neque quicquam scit de ullo malo sive incendii, sive caedis. Anima autem non sic dormit, sed vigilat, et patitur visiones loquelas Angelorum et Dei. Ideo somnus in futura vita profundior est quam in hac vita et tamen anima coram Deo vivit. Hac similitudine, quam habeo a somno viventia." [1][2]
Como conseqüência da sua crença, Lutero rejeitou a interpretação de que o ladrão na cruz, foi diretamente para o paraíso, e qualquer interpretação literal da história do homem rico e Lázaro. Seu principal adversário neste assunto foi João Calvino, que chamou a crença de Lutero "sono da alma" em contraste com sua própria crença: "Psychopannychia" - "a vigília da alma".[3][4][5] Nos anos seguintes, o título grego do livro de Calvino, "Psychopannychia" (psyche "alma", pan-nychis "toda a noite") foi mal interpretado e aplicado à crença de Lutero.


  1. Martin Luther, Christopf Stephan Elsperger (Gottlieb) Luther - Exegetica opera Latina, Volumes 5-6 p120)
  2. J Fritschel Zeitschrift für die gesammte lutherische Theologie und Kirche "Denn dass Luther mit den Worten "anima non sic dormit, sed vigilat et patitur visiones, loquelas Angelorum et Dei" nicht dasjenige leugnen will, was er an allen andern Stellen seiner Schriften vortragt" p657
  3. Psychopannychia - qua refellitur quorundam imperitorum error qui animas post mortem usque ad ultimum iudicium dormire putant.(Strasbourg 1542)
  4. Greef s.152
  5. Psychopannychia - traitte par lequel est prouvé que les ames veillent et vivent après qu'elles sont sorties des corps contre l'erreur de quelques ignorans qui pensent qu'elles dorment jusques au dernier jugement. (Geneva, Conrad Badius, 1558)



Que se passa com o homem quando, ao expirar, corta definitivamente o contato com o mundo? Vai para o céu desfrutar imediatamente uma imoralidade já assegurada? Permanece um período de espera em algum lugar? É lançado no inferno de fogo eterno para sofrer agonias indescritíveis por toda a eternidade?

Há bispos, pastores, tradutores da Bíblia, teólogos e intelectuais e muitos outros através dos séculos que, buscando respostas no vasto repertório bíblico, defendem o estado de inconsciência na morte e a concessão da imortalidade como recompensa da fé, concedida exclusivamente por meio de Cristo. Estes estudiosos pertencem a denominações variadas, mas têm em comum a análise acurada dos textos bíblicos que revela o estado do homem na morte. Eles mostraram a disposição de aceitar essa revelação como suficiente neste importante assunto teológico. A seguir, as declarações sobre o tema, extraídas de diversas fontes.

Vejam em anexo um questionário com "10 Perguntas aos Que Crêem na Imortalidade da Alma" que os defensores do dualismo não conseguem responder de modo minimamente aceitável.


Nicolau, bispo grego (século XII da era cristã):

“Quando qualquer ser criado é eterno, não o é por si, nem em si, nem para si, mas pela bondade de Deus; pois tudo quanto é feito e criado tem um início e mantém sua existência somente mediante a bondade do Criador”. – Citado em Compendium of the History of Doctrines, vol. 2, págs. 4 e 5.

Os Valdenses (século XV) contestaram a doutrina do purgatório e intercessão dos santos ensinando em seu catecismo de instrução para os jovens que o homem é apenas “mortal”. - Moreland, The History of the Evangelical Churches of the Valleys of the Piedmont, 1658, pág. 75.

Martinho Lutero (1493-1546), reformador alemão e tradutor da Bíblia:

“Salomão conclui que os mortos estão dormindo, e nada sentem, em absoluto. Pois os mortos ali jazem, sem contar os dias nem os anos, mas quando forem despertados, terão a impressão de ter dormido apenas um minuto”. – An Exposition of Solomon’s Book, Called Ecclesiastes or the Preacher, 1573, fl. 151 v.

“Mas nós, cristãos . . . devemos educar-nos e acostumar-nos, com fé, a desprezar a morte e considerá-la um sono profundo, intenso e doce; a considerar o esquife nada mais que o seio do Senhor Jesus Cristo ou Paraíso, a sepultura coisa nenhuma senão um brando e confortável leito para repousar: Verdadeiramente, diante de Deus, é na realidade justamente isso, pois Ele testifica em João 11:11: Lázaro o nosso amigo dorme; Mateus 9:24: A menina não está morta, mas dorme. Assim, também, S. Paulo em I Coríntios 15, remove da vida todos os aspectos odiosos da morte em relação ao nosso corpo mortal, e não apresenta nada mais que aspectos encantadores e jubilosos da vida prometida”. - Works of Luther, vol. 6, págs. 287 e 288.

William Tyndale (1484-1536), tradutor da Bíblia para o inglês e mártir cristão:

“E vós, colocando-as [as almas que partiram] no céu, no inferno ou no purgatório, destruís os argumentos mediante os quais Cristo e Paulo provam a ressurreição. . . . E mais, se as almas estão no céu, dizei-me por que não estão em tão boas condições como os anjos? E então, que motivo existe para a ressurreição?” – An Answer to Sir Thomas More’s Dialogue, liv. 4, cap. 4, págs. 180 e 181.

John Milton (1608-1674), considerado o maior dos poetas sacros, secretário latino de Cromwell:

“Visto, pois, que o homem todo, como se diz, consiste uniformemente do corpo e alma (quaisquer que sejam os distintos campos atribuídos a essas divisões), mostrarei que, na morte, primeiro, o homem todo, e depois, cada parte componente sofre a privação da vida. . . . A sepultura é a comum custódia de todos, até o dia do juízo”. – Treatise of Christian Doctrine, vol. 1, cap. 13.

Edward White (1819-1887), congregacional, presidente da União Congregacionalista:

“Eu mantenho firmemente, depois de quarenta anos de estudo do assunto, que é a noção da aplicação de um tormento absolutamente eterno no corpo e na alma, que unicamente concede terreno às idéias de Ingersoll na América, ou Bradlaugh na Inglaterra [ambos ateus militantes, N.R.]. Creio, mais firmememente do que nunca, que é uma doutrina tão contrária a todos os ensinamentos da Bíblia como é contrária a todo instinto moral da humanidade”. – Introdução ao livro The Unspeakable Gift, de J. H. Pettingell, pág. 22.

Robert W. Dale (1829-1895), editor de The Congregacionalist, presidente do Primeiro Concílio Internacional de Igrejas Congregacionais em 1891:

“Não estou convencido de que elas [as crenças condicionalistas] tenham enfraquecido absolutamente a autoridade de meus ensinos de quaisquer das grandes doutrinas centrais da fé cristã. A doutrina da Trindade permanece intocada, e a doutrina da encarnação e a doutrina da expiação em seu sentido evangélico, e a doutrina da justificação pela fé, e a doutrina do juízo segundo as obras, e a doutrina da regeneração receberam, creio, dessas conclusões, uma ilustração nova e mais intensa”. – Edward White, His Life and Work, págs. 354, 355.

Hermann Olshausen (1796-1839), lente de Teologia em Konigsberg:

“A doutrina da imortalidade da alma e o nome são igualmente desconhecidos na Bíblia”. – Biblical Commentary on the New Testament, vol. 4, pg 381.

William Gladstone (1809-1898), primeiro-ministro britânico e teólogo:

“Outra consideração de maior importância é a de que a imortalidade da alma é doutrina inteiramente desconhecida às Escrituras Sagradas, e não assenta em bases mais elevadas do que as de uma opinião filosófica mantida engenhosamente, mas grave e formidavelmente contestada”. – Studies Subsidiary to the Works of Bishop Butler, ed. de 1896, pg 184.

J. Agar Beet (1840-1924), lente wesleiano:

“As páginas seguintes são . . . um protesto contra uma doutrina que, através de longos séculos, foi quase universalmente aceita como verdade divina ensinada na Bíblia, mas que me parece inteiramente alheia a ela, tanto na frase como na idéia, e derivada unicamente da filosofia grega. . . .

“Os que reivindicam para seu ensino a autoridade de Deus, devem provar que ela procede dEle. Essa prova, nesse caso, nunca vi”. – The Immortality of Soul, 5a. edição, 1902, Prefácio.

Franz Deliztsch (1813-1890), hebraísta, lente em Rostock:

“Não existe coisa nenhuma em toda a Bíblia, que implique uma imortalidade nativa”. (Comentário Sobre Gên. 3:22).

“Do ponto da Bíblia a alma pode ser morta, ela é mortal”. (Comentário sobre Núm. 23:10). – A New Commentary on Genesis

George Dana Boardman (1828-1903), pastor batista, fundador da Fundação Boardman de Ética Cristã da Univ. de Pensilvânia:

“Nem uma única passagem da Santa Escritura, do Gênesis ao Apocalipse, ensina, quanto eu esteja apercebido, a doutrina da imortalidade natural do homem. Por outro lado, a Escritura Sagrada afirma positivamente que só Deus é que tem a imortalidade (1 Tim. 6:16), isto é: Deus unicamente, é imortal, natural e inerentemente, em Sua própria existência”. – Studies in the Creative Week, págs. 215 e 216.

F. R. Weymouth (1822-1902), tradutor do Novo Testamento em linguagem moderna:

“Minha mente não concebe mais grosseira deturpação da linguagem do que quando cinco ou seis das palavras mais fortes que a língua grega possui, significando destruir ou destruição são interpretadas como significando manter uma existência eterna mas ‘miserável’. Traduzir preto em vez de branco não é nada em comparação com isto”. – Citado por Edward White em Life in Christ (1878), pág. 365.

“O uso no Novo Testamento de palavras como ‘morte’, ‘destruição’, ‘fogo’, ‘perecer’, para descrever a retribuição futura aponta para a probabilidade de uma terrível angústia seguida da extinção do ser, como a condenação que espera aos que, pela persistente rejeição do Salvador, se demonstram completamente, e portanto irremediavelmente maus”. (Comentário sobre Hebreus 9:28) – New Testament in Modern Speech.

William Temple (1881-1944), arcebispo de Cantuária, Primaz da Grã-Bretanha:

“A doutrina da vida futura implica nosso primeiro desemaranhar do autêntico ensino das Escrituras clássicas, dos acréscimos que muito depressa começaram a obscurecê-las” – Nature, Man and God, pág. 460.

Martin J. Heinecken, lente de Teologia Sistemática do Seminário Teológico Luterano de Filadélfia, EUA.:

“No registro bíblico da criação é-nos dito que Deus formou o homem do pó da terra, e que Ele então lhe soprou nas narinas e o homem se tornou alma vivente. Isto é geralmente interpretado como se Deus fizesse uma alma, que é a pessoa real, e que Ele então tivesse dado a essa alma uma habitação temporária num corpo, feito do pó da terra. Mas este é um dualismo falso. . . . O homem deve ser considerado uma unidade”. – Basic Christian Teachings, págs. 36 e 37.

Emil Brunner (1889-1966), professor de Teologia Sistemática e Prática da Universidade de Zurique:

“A opinião de que nós homens somos imortais porque nossa alma é de uma essência indestrutível, porque divina, essa opinião é, de uma vez para sempre, irreconciliável com o ponto de vista bíblico de Deus e do homem. . . . A crença filosófica na imortalidade é como um eco, reproduzindo e falsificando a superior Palavra desse Criador divino. É falsa porque não toma em conta a real perda desse destino original, devido ao pecado”. – Eternal Hope, págs. 105, 106 e 107.

James Moffat (1870-1944), famoso tradutor da Bíblia e missionário:

“É a alma capaz de alcançar um valor imortal, ou é ela essencialmente imortal? No esquema da fé cristã, pode ser aniquilada? É a personalidade uma posse imorredoura ou é alcançada mediante obediência à vontade de Deus somente? As implicações do ponto de vista cristão da fé não são incompatíveis com a última ponderação e é, creio, uma questão interessante observar se o ponto de vista comumente chamado imortalidade condicional há de obter corroboração no futuro. É contrário ao platonismo, mas não há muita evidência contra ela na mensagem do cristianismo, como alguns parecem ter por assegurado”. – Literary Digest, 5 de abril de 1930, pg 22.

James S. Stewart (1896- ), conhecido professor de literatura e Novo Testamento na Universidade de Edimburgo:

“A filosofia ensinou aos gregos a crerem numa imortalidade puramente espiritual, sem um corpo de qualquer tipo. Homens sábios consideravam o corpo como uma tumba em que o espírito vivente permanecia sepultado. . . . A morte era o escape do aprisionado espírito. Mas Paulo não podia conceber um campo para espíritos desincorporados. Para ele, a mera idéia disso teria sido repugnante”. – A Man in Christ, p. 267.

Oscar Cullman (1902- ), professor de Novo Testamento História Eclesiástica na Universidade de Basel e na Sorbonne:

“A doutrina grega da imortalidade da alma e a esperança cristã na ressurreição diferem tão radicalmente porque o pensamento grego tem uma interpretação totalmente diferente da criação. A interpretação judaica e cristã da criação exclui todo o dualismo grego de corpo e alma”. – Immortality of the Soul or Resurrection of the Dead?, págs. 29 e 30.

Y. B. Trémel, sacerdote católico dominicano:

“O Novo Testamento obviamente não concebe a vida do homem após a morte filosoficamente ou em termos da natural imortalidade da alma. Os escritores sagrados não pensam que a vida advém como resultado de processos naturais. Pelo contrário, para eles é sempre o resultado da salvação e redenção; depende da vontade de Deus e da vitória de Cristo”. – Lumière et Vie (1955), págs. 33 a 37.

Otoniel Mota, pastor presbiteriano brasileiro:

“A doutrina da imperecibilidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho. A doutrina não se mantém diante das concepções psicológicas modernas e da teoria mais racional acerca da propagação do ser humano, corpo e alma”. – Meu Credo Escatológico, ed. 1938, pág. 3.

Inúmeros outros importantes pensadores cristãos poderiam ser citados (como os contemporâneos John Stott, Clark Pinnock e Eldon Ladd), mas estes são suficientemente representativos da grande hoste de eruditos e sinceros cristãos através dos tempos, que têm rejeitado a concepção popular de imortalidade da alma, acentuando que a imortalidade só pode ser obtida mediante Cristo.

Em anexo, um questionário com "10 Perguntas aos Que Crêem na Imortalidade da Alma". Seria tão bom se tivéssemos respostas (ou tentativas de respostas) ao mesmo aqui discutidas.