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sexta-feira, agosto 10


O PERDÃO REAL

Ester 5:1-3 – “Ao terceiro dia Ester se vestiu de trajes reais, e se pôs no pátio interior do palácio do rei, defronte da sala do rei;  e o rei estava assentado sobre o seu trono, na sala real, defronte da entrada.
E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava em pé no pátio, ela alcançou favor dele;  e o rei estendeu para Ester o cetro de ouro que tinha na sua mão.  Ester, pois, chegou-se e tocou na ponta do cetro.
Então o rei lhe disse:  O que é, rainha Ester?  qual é a tua petição?  Até metade do reino se te dará.”

Ester 8:3-4 – “Tornou Ester a falar perante o rei e, lançando-se-lhe aos pés, com lágrimas suplicou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita, e o intento que este projetara contra os judeus.
Então o rei estendeu para Ester o cetro de ouro.  Ester, pois, levantou-se e, pondo-se em pé diante do rei,”

Ninguém podia adentrar a sala do trono real sem a permissão real, ser anunciado, convidado, chamado, agendado audiência, intimado ... Quem se atrevesse entrar na sala do trono seria morto na hora pelos guardas reais.

Ester 4:11,16 – “Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que, para todo homem ou mulher que entrar à presença do rei no pátio interior sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, a menos que o rei estenda para ele o cetro de ouro, para que viva;  mas eu já há trinta dias não sou chamada para entrar a ter com o rei.
(...)
Vai, ajunta todos os judeus que se acham em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de noite nem de dia;  e eu e as minhas moças também assim jejuaremos.  Depois irei ter com o rei, ainda que isso não é segundo a lei;  e se eu perecer, pereci.”

A escolta real ficava de prontidão em torno do trono real, pelo átrio e ás portas da sala do trono. Quando Ester invadiu (entrou súbita e rapidamente) a sala do trono, os guardas reais que estavam na porta ficaram atônitos, pasmos, estupefatos, surpresos, paralisados, sem reação .... Eles deram alguns segundos de vantagem para Ester poder ter a chance de receber a clemência real. Ficaram preocupados em barrá-la logo de início e pior, de matá-la sem ela ter a chance de ter a permissão real. Assim, a deixaram entrar e lhe deram alguns segundos de vantagem para que ela pudesse ter a oportunidade de receber a permissão real e, caso não conseguisse, já estavam em seu encalço para matá-la em seguida.

Ressalta-se que se os guardas reais não tivessem ido ao encalço de Ester, eles é que seriam mortos por traição. A lei obrigava os guardas reais a matar qualquer um que entrasse na sala sem permissão sob pena de eles (guardas) serem mortos por traição.

O rei ao ver Ester (sua amada) invadindo a sala do trono e os guardas reais em seu encalço, quase a alcançando para matá-la, pulou e saiu correndo de seu trono ao encontro de Ester e lhe estendeu o seu cetro para que ela o tocasse para que não fosse morta pelos guardas, pois a lei não podia ser revogada ou anulada.

Ester 8:8 – “Escrevei vós também a respeito dos judeus, em nome do rei, como vos parecer bem, e selai-o com o anel do rei; pois um documento escrito em nome do rei e selado com o anel do rei não se pode revogar.”

O rei praticamente não se levantava de seu trono para nada ou ninguém, pois todas as coisas e pessoas lhe vinham até o seu trono. Tudo lhe vinha até o trono, não tendo necessidade de se levantar do trono ou de ir até a pessoa ou coisa.

Em ato de respeito, devoção, consideração, subordinação, ... todas as pessoas autorizadas a entrarem na sala do trono se dirigiam até o rei em seu trono para conversar, ouvir, pedir, suplicar, presentear, ou ser presenteado pelo rei.

O ato do rei estender o seu cetro (símbolo de seu poder, autoridade, comando, soberania, majestade, realeza, primazia, prioridade, preeminência e divindade) significava que ele estava concedendo o perdão, clemência, misericórdia, ... real à pessoa por ter invadido a sala do trono.

O cetro [do grego skêptron, pelo latim sceptru] é um bastão de comando próprio da autoridade real segurado pela sua mão direita.

Repare que o rei somente estende o cetro para Ester e não a toca com seu cetro. É Ester quem deve tocar por vontade própria o cetro real que lhe foi estendido (oferecido). O rei não podia tocar Ester com o seu cetro, mas somente estendê-lo para Ester tocá-lo.  O rei não podia obrigar Ester a tocar o seu cetro (aceitar o seu perdão).  Ester que tinha que tocar o cetro real, de livre e espontânea vontade, demonstrando que reconhecia, admitia, confessava ... que errou, que estava arrependida de seu erro, que não teve a intenção de desrespeitar, ofender, provocar, desacatar, humilhar, ridicularizar, afrontar, desprestigiar ... ao rei e que aceitava o perdão, a clemência, misericórdia real que lhe foi oferecida.

Já se Ester não tocasse o cetro real que lhe foi estendido (oferecido), ela demonstraria clara  e publicamente que sua intenção tinha sido de afrontar ao rei, ou seja, que não reconhecia a autoridade e o poder do rei, que não se sujeitava ao rei, que lhe era rebelde, insolente, impetulante,  insubmissa, arrogante, soberba, orgulhosa  ..., com o que, rapidamente, já seria morta pela guarda real para que servisse de exemplo aos outros para que não fizessem ato semelhante, pois assim todos saberiam o que acontece com que é rebelde ao rei.

Essa passagem do Antigo Testamento é uma sombra, reflexo, ... do que viria a acontecer no Novo Testamento (Colossenses 2:17, Hebreus 8:5 e 10:1, Romanos 10:4 e Gálatas 2:16). Assim Ester simboliza a Noiva de Cristo e o rei Assuero simboliza ao Senhor Jesus Cristo que nos oferece o perdão divino de nossos pecados bastando a nós, simplesmente, aceitar isso.

O Senhor Jesus Cristo proveu o pagamento, pela nossa remição, proveu o Cordeiro Perfeito para nossa expiação, Ele pagou a nossa conta, Ele tomou sobre Si os nossos pecados, erros, faltas, falhas, imperfeições, crimes, omissões,  ... e assumiu as nossas punições, castigos, penas, ...

Mas Ele não pode nos obrigar a acreditarmos Nele, a aceitarmos o seu perdão, a salvação divina, o seu sacrifício na Cruz do Calvário ... Ele nos estende a mão para que nós a seguremos firmes em sinal de anuência, concordância, aceitação ... para que não morramos.

Apocalipse 3:20 – “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

João 10:9 -  “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.”

João 1:12 – “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;”

Lucas 11:9-10 - “Pelo que eu vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; pois todo o que pede, recebe; e quem busca acha; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.”

João 12:48 – “Quem me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o julgará no último dia.”

Atos 15:11 - “Mas cremos que somos salvos pela graça do Senhor Jesus (...).”

Romanos 5:6-9 - “Pois, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios.
Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; pois poderá ser que pelo homem bondoso alguém ouse morrer.
Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.”

Romanos 3:23-24 – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,”

I Corintios 15:3 – “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras;”

Ele segura em sua mão o recibo de pagamento, quitação, alforria, ... completa de nossa escravidão do pecado e da morte, ou seja, nossa carta de libertação total de todos os nossos pecados (presentes, passados e futuros), mas nós temos que aceitar e pegar esse salvo conduto (hábeas corpus) de sua mão.

Como poderemos entrar numa festa sem termos o convite individual em mãos? Como poderemos provar que a conta está paga sem o recibo de quitação? Como podemos embarcar numa condução para viajarmos sem termos o bilhete/passagem em mãos? Como podemos assistir um espetáculo/show sem termos o ingresso em mãos?

Mateus 22:1-14 – “Então Jesus tornou a falar-lhes por parábolas, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.
Enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas, e estes não quiseram vir.
Depois enviou outros servos, ordenando: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado; os meus bois e cevados já estão mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas.
Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; e os outros, apoderando-se dos servos, os ultrajaram e mataram.
Mas o rei encolerizou-se; e enviando os seus exércitos, destruiu aqueles homicidas, e incendiou a sua cidade.
Então disse aos seus servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
Ide, pois, pelas encruzilhadas dos caminhos, e a quantos encontrardes, convidai-os para as bodas.
E saíram aqueles servos pelos caminhos, e ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e encheu-se de convivas a sala nupcial.
Mas, quando o rei entrou para ver os convivas, viu ali um homem que não trajava veste nupcial; e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui, sem teres veste nupcial? Ele, porém, emudeceu.
Ordenou então o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.
Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.”

João 10:1 – “Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.”

Apocalipse 3:5 – “O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.”

Apocalipse 7:13-14 – “E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram?
Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.”

Apocalipse 22:14 – “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestes [no sangue do Cordeiro] para que tenham direito à arvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.”

Atos 22:16 – “Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.”

I Corintios 6:11 – “E tais fostes alguns de vós; mas fostes lavados, mas fostes santificados, mas fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Efésios 1:13 - “no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa,”

Efésios 4:30 – “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção.”

Com os pecados e a conseqüente punição (morte eterna) são nossas, Ele não pode tomar nosso lugar sem nossa permissão, concordância, anuência, querer ... Ele nos pede para deixarmos que Ele tome o nosso lugar na punição de todos os nossos pecados.

Como escravos que éramos do pecado e da morte, O Senhor Jesus Cristo nos comprou com o seu sangue precioso derramado na Cruz na Gólgota (Mateus 27:33, Marcos 15:22 e João 19:17) naquele dia no Calvário (Apocalipse 5:9, Atos 20:28, I Corintios 6:20 e 7:23), assim nos tornamos propriedade Dele, o qual não nos mantém como escravos, mas além da libertação nos tornou filhos por adoção (Romanos 8:15, Gálatas 4:5, Efésios 1:5).

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