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segunda-feira, outubro 10

A Divindade de Cristo no evangelho de João


Fonte: Programa ‘Na Mira da Verdade’

A DIVINDADE DE CRISTO NO EVANGELHO DE JOÃO
Historicamente, Cristo não foi “conclamado” divino só no Concílio de Nicéia. Muito antes daquela reunião que visava derrubar o arianismo, a Bíblia e os cristãos primitivos já acreditavam na Divindade do Salvador. Isso pode ser provado bíblica e historicamente:
I – O evangelho de João e a Divindade de Cristo
No presente irei me deter apenas ao evangelho de João para provar que Cristo é Divino. As informações de outros autores bíblicos poderemos estudar noutra ocasião, se for necessário. Vamos ao estudo do que o apóstolo escreveu a respeito de Jesus:
1 – Contexto histórico
Para começar, é importante termos em mente que o objetivo do quarto evangelho, escrito no final do século I, foi defender a encarnação e a Divindade de Cristo diante (muito provavelmente) do gnosticismo. O apóstolo queria que as pessoas acreditassem em Jesus como Filho de Deus para que fossem salvas (João 20:30, 31). Interessante que, na linguagem Joanina, o termo “Filho de Deus” não significa “ser criado” e nem denota “inferioridade”; para o autor, o título “Filho de Deus” significa igualdade com o Pai na Divindade. Isso é bem claro em João 5:18; 19:7 e na primeira carta dele, cap. 5:20, onde Ele chama Jesus de DEUS: “Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.” Perceba que se quisermos entender um termo bíblico, não podemos interpretá-lo de acordo com o significado da língua portuguesa; precisamos levar em conta a língua original em que o texto foi escrito (grego, hebraico ou aramaico) e o significado de qualquer expressão NA CULTURA em que ela está inserida. Portanto, o termo “Filho” na Bíblia, em referência à Cristo, não tem o mesmo significado que em nossa cultura portuguesa e ocidental.
Como disse o Dr. F.F. Bruce, “João conferiu a máxima importância à verdade eterna, que ele identificou com a auto-manifestação divina, o Verbo que existia no princípio com Deus”. (BRUCE. João – Introdução e Comentário [Série Cultura Bíblica]. Vida Nova, 2002). Isso está em harmonia com João 1:1-4 e 14. Se Jesus não fosse DEUS com o Pai, não haveria necessidade de João dizer que Jesus é o Deus que revelou o Pai, por meio da encarnação (leia os textos de João 1:1-4 e 14). E, além disso, se Cristo fosse uma criatura, a salvação por meio Jesus, no evangelho de João (e no restante da Bíblia) perderia o valor. Sim, pois o valor da salvação está no fato de que não foi uma criatura quem veio salvar o ser humano, mas o próprio Deus esteve aqui em carne para solucionar o nosso problema. É por isso que Jesus Cristo é chamado em Isaías 7:14 de “Emanuel”, que significa “Deus conosco”. Deus “não tirou o corpo fora”; Ele mesmo veio resolver o problema do pecado! Reflita nisso com carinho.
Estas informações são importantes porque assim conseguimos entrar um pouco na mente do autor inspirado quando preparou o relato da vida de Cristo.
2 – Textos de João que afirmam diretamente que Jesus é Deus eterno
• João 1:1-3 e 14 – é dito que Jesus era Deus desde o princípio, estava com Deus e que criou TODAS AS COISAS com Ele (se fosse uma criatura, como poderia ser o criador DELE MESMO, sendo que TUDO foi feito por meio dEle? – verso 3). Também, nos é apresentado que este DEUS, que esteve com o Pai desde o princípio, encarnou para nos salvar.
• João 1:15 – Jesus é pré-existente;
• João 1:18 – Jesus é “Deus Unigênito” que torna o Pai conhecido;
• João 1:23 – texto muito forte, pois faz menção a Isaías 40:3, onde é dito que alguém prepararia o caminho para a vinda de “Jeová”. João Batista preparou o caminho de Jesus, indicando assim que Jeová de Isaías 40:3 é Cristo!
• João 1:29, 30 – Cristo é o cordeiro que tira o pecado do mundo e que já existia antes de vir a este planeta (pré-existência);
• João 1:34 – o apóstolo dá testemunho de que Cristo é o “Filho de Deus” (lembre-se que “Filho”, na linguagem de João, significa igualdade – ver João 5:18; 19:7);
• João 1:47-49 – Natanael claramente reconhece que Jesus é o “Filho de Deus”, indicando assim que acreditava ser Ele DEUS;
• João 1:50 – Jesus afirma que os discípulos verão os anjos voltando a este mundo com Ele – o criador dos anjos;
• João 2:11 – o primeiro milagre de Cristo, onde ele transforma água em “vinho” (suco de uva – Isaías 65:8) serviu para que vários discípulos cressem no poder glorioso dEle;
• João 3:15, 16 – Quem crer em Jesus tem a vida eterna. Só Deus pode dar a vida eterna a alguém por crer nEle, não numa criatura (não faria sentido algum!).
Em Atos 3:15, Cristo é chamado de autor da vida. Como Alguém que é “Autor da Vida” poderia ser uma criatura? Impossível!
• João 3:36 – quem não crer que Jesus é o “Filho de Deus”, ou seja: quem não acreditar na Divindade de Cristo e não O aceitar como Salvador e Deus, irá se perder;
• João 5:17, 18 – Quando Jesus afirmou que Deus era o Pai dEle, os judeus quiseram mata-Lo porque entenderam que o termo “Filho” significa igualdade em Divindade. Se o Salvador estivesse dizendo que era uma “criatura”, não seria acusado de “blasfêmia”. Portanto, para o apóstolo João, blasfêmia é alguém afirmar que Cristo não é Deus, sendo que no seu livro ele relata 8 milagres (além de outros acontecimentos sobrenaturais) com o objetivo de provar que o Salvador é Divino!

A Divindade de Cristo no evangelho de João – Parte 2


• João 5:21 – Jesus afirma que tem o mesmo poder que o Pai para ressuscitar, dar a vida!
• João 5:22 – Cristo é o juiz da humanidade – só Deus pode ser “Justo Juiz”: “Deus é justo juiz…” Salmo 7:11.
• João 5:23 – A mesma honra que é atribuída a Deus o Pai, deve ser atribuída ao Filho, por também ser Divino!
• João 5:26 – Cristo tem vida em si mesmo, do mesmo modo que o Pai*;
• João 5:28, 29 – Jesus é quem irá ressuscitar os mortos. Isso é feito por Deus, o que cria a vida!
• João 5:40 – É preciso ir ao Salvador para ter a vida eterna, pois Ele é a fonte;
• João 5:33, 35, 40, 50 – Jesus é o “pão da vida”, a fonte de vida para todo o que crer nEle como Senhor, Salvador e Deus;
• João 5:46 – Jesus afirma que “veio de Deus” e que “viu” a Deus;
• João 6:64 – Cristo é onisciente – característica essa totalmente Divina! (ver também João 18:4);
• João 6:68, 69 – Pedro confessou pela fé que Cristo era o “Santo de Deus” e não “a criatura de Deus”;
• João 7:46 – os guardas do templo, que haviam sido designados para prender a Jesus, não conseguiram fazer isso de imediato porque viram nEle algo de sobrenatural nas palavras que dizia;
• João 8:12 – Cristo é a “luz do mundo”. Por aceitarmos essa Luz Divina em nossas vidas podemos transmiti-La a outros (Mateus 5:13, 14);
• João 8:23 – O Salvador diz que não é desse mundo, mas de outro. E afirma com clareza no verso 24 que quem não crer em Quem Ele é, irá morrer nos próprios pecados;
• João 8:36 – Cristo é o que liberta o ser humano do pecado. Característica de um ser Divino, pois o grave problema do pecado não pode ser resolvido por uma criatura;
• João 8:44 – Jesus demonstra conhecer o diabo “desde o princípio”. Para isso, Ele teria que ter sido o Criador do anjo caído (que havia sido criado perfeito, segundo Ezequiel 28:15).
• João 8:57-59 – esta de declaração do próprio Cristo é fantástica. Ele diz ser o “Eu Sou”** de Êxodo 3:14! Se auto-intitulou “Jeová” de modo que os judeus quiseram O apedrejar. Acreditamos no que Jesus disse sobre Si (que Ele era Deus) ou O rejeitamos completamente. Ele foi um Deus-homem que falou a verdade ou um lunático. Não há como ficar no meio termo!
• João 9:17 – testemunhas oculares viram os sinais miraculosos de Jesus;
• João 9:38- Jesus foi adorado e não rejeitou tal adoração!
• João 10:11 – Cristo afirma ser o Deus PASTOR mencionado no Salmo 23 e em Apocalipse 7:17! Como negar uma verdade tão clara?
• João 10:18 – Cristo disse que espontaneamente deu a vida dele e que tinha poder para reassumi-la. Tem que ser Divino para ter um poder desses;
• João 10:28, 30, 31, 33 – Cristo afirma que Ele e o Pai são uma unidade e, o fato de os judeus quererem O apedrejar, demonstra que com essa declaração o Salvador estava se fazendo IGUAL a Deus Pai em Divindade;
• João 10:39 – Cristo diz que o Pai estava nEle e Ele, no Pai, ensinando assim que eles são UM em UNIDADE. Os judeus quiseram O apedrejar novamente por blasfêmia;
• João 11:25 – Cristo afirma ser a fonte de vida;
• João 11:43, 44 – Jesus ressuscita um morto com Sua palavra de ordem (não como o fez Elias, que pediu a Deus), indicando que tinha autoridade Divina para dar a vida. Não é por acaso que Atos 3:15 chama-O de autor da vida!
• João 12:45 – Ver a Jesus é mesmo que ver a Deus Pai, pois são UM em Unidade (não em personalidade);
• João 14:1 – Cristo pede que as pessoas creiam em Deus e também nEle. O texto perderia o sentido se Ele fosse uma criatura: “creiam no Criador e em mim, a criatura”;
• João 14:3 – Ele promete voltar em glória e majestade. Sendo o Juiz de toda a humanidade (João 5:22), Ele é Deus (Salmo 7:11);
• João 14:6 – Cristo ensina que é o caminho, a verdade e a vida. O Salmo 36:9 nos mostra que Deus é a fonte de vida! Portanto, Cristo é identificado como Deus, autor da existência;
• João 14:9, 10 – Ver a Cristo é o mesmo que ver o Pai. Se Ele fosse um ser criado, o Pai estaria sendo igualado a uma criatura – atitude blasfema;
• João 14:13, 14 – Cristo atende orações. Um ser criado ou anjo não poderia fazer isso;
• João 16:27 – Deus ama quem acredita que Jesus não foi um simples homem, mas que veio de Deus;
• João 17:3 – Jesus disse que nossa vida eterna depende do correto conhecimento que temos de Deus (Pai e Espírito Santo) e dEle também!
• João 17:5 – Cristo já era um Deus glorioso antes de existir o mundo;
• João 18:6 – Quando o Salvador disse quem era Ele, os soldados que iriam O prender caíram por causa da autoridade divina que estava em Suas palavras!
• João 19:7 – novamente Jesus é acusado de “blasfêmia” porque a si mesmo se fez IGUAL a Deus (por se intitular como “Filho”);
• João 19:37 – Compare este texto com Zacarias 12:4, 10 onde é profetizado que DEUS seria traspassado. João chama Jesus de “Jeová” sem deixar margem para dúvidas!
• João 20:28 – Tomé, um judeu, reconheceu a Divindade de Cristo ao chamá-Lo de “Deus meu”. E Tomé não foi considerado um idólatra por adorar a Cristo.
Após analisarmos todos esses textos, haverá alguem tão ousado a ponto de negar a Divindade de Jesus Cristo?
Não mencionei nessa listagem as evidências do evangelho de João de que o Espírito Santo também é uma Pessoa Divina. Farei isso noutra ocasião.
A listagem de textos que lhe apresentei é suficiente para crer que Jesus é Deus e Salvador de todo aquele que nEle crer e O aceitar. Ele lhe convida em Apocalipse 3:20: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” E promete em João 6:37: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”
Notas:
* Quando é dito que o Pai “concedeu” ao Filho o ter vida em Si mesmo, isso não se dá no aspecto Divino, pois, Cristo é Deus tão quanto o Pai, segundo Colossenses 2:9. Essa “concessão” de ter a eternidade é no aspecto da encarnação, pois Cristo, enquanto encarnado, era inferior ao Pai apenas funcionalmente. Por Cristo ter encarnado, Ele se subordinou ao Pai em funcionalmente no plano de salvação.
** Com este “nome” EU SOU Jesus está destacando sua TERNIDADE: “Eu Sou” significa que Ele é o mesmo no PASSADO, no PRESENTE e no FUTURO. Além disso, dessa expressão deriva o nome sagrado de Deus, representado pelo tetragrama YHVH, reforçando a idéia de que Jesus disse ser DEUS.

A Divindade de Cristo no evangelho de João – Parte 3

3 – As declarações de Jesus em João 20:17 e 10:34, 35
Aqui faremos uso da exegese (aplicar as regras da hermenêutica) para entendermos os textos bíblicos. E uma dessas regras é analisar o contexto interno do texto bem como alguma referência paralela que trate do mesmo assunto.
Em João 20:17, Jesus chama o Pai de Deus. Isso em nada diminui a Divindade do Salvador do mesmo modo que de Deus Pai não deixa de ser Deus ao chamar a Cristo de Deus (analisaremos depois Hebreus 1:8).
Já o texto de João 10:34, 35 precisa ser interpretado, como disse anteriormente, levando-se em conta o contexto interno do livro e texto (s) paralelo (s). Quando vamos à Bíblia descobrimos que a palavra plural “deuses” com letra minúscula era aplicada aos juízes humanos por eles serem representantes de Deus, o Juiz Supremo. E o Salmo 82:6, texto paralelo, comprova isso: “Eu disse: sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” Leia o contexto (versos 1-5) e veja que neste Salmo Deus está pronunciando um castigo sobre os juizes corruptos!
Portanto, Cristo não estava dizendo que os líderes judeus eram “deuses” com essência divina, mas estava usando um termo que eles conheciam para defender as próprias declarações de que era Deus. Prova de que o Salvador não estava menosprezando a própria divindade em João 10:34, 35 encontramos no mesmo capítulo, nos versos 38 e 39: “mas, se faço, e não me credes, crede nas obras; para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai. Nesse ponto, procuravam, outra vez, prendê-lo; mas ele se livrou das suas mãos.” João 10:38-39. Os judeus entenderam bem que Cristo, em outras declarações do mesmo capítulo, estava se auto-intitulando Divino.
4 – O que Deus Pai disse sobre Jesus
1) O Pai chamou Jesus de DEUS! “Mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino.” Hebreus 1:8. Perceba que Hebreus 1:8, 9 é uma citação do Salmo 45:6, 7, que fala de “Jeová” (ou “Javé” – ninguém sabe ao certo a pronúncia do nome hebraico de Deus);
2) O Pai disse que Jesus também era “Jeová” como Ele, Criador de todas as coisas! “Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos; eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste; também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.” Hebreus 1:10-12.
Analise também que o autor de Hebreus 1:10-12 aplicou a Jesus o Salmo 102:25-27, que se refere ao Deus do Antigo Testamento! Compare os dois textos depois de ler este Salmo: “Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados. Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.”
3) O Pai afirmou que Jesus deve ser adorado: “E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.” Hebreus 1:6.
4) O Pai disse que amava a Jesus: “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mateus 3:17.
Concluindo: se formos obedientes ao Pai, chamaremos Jesus de Deus, assim como Deus Pai o faz. E ainda seguiremos a ordem dEle de adorar a Jesus!
Estude com carinho tudo o que lhe escrevi e enviei, amigo(a). Estarei com o coração aberto as suas colocações e para eventuais evidências bíblicas ou históricas que possua que refutem o que lhe apresentei.
Deixo-lhe um texto bíblico para sua reflexão:
“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus [Jesus!], a qual ele [Jesus!] comprou com o seu próprio sangue [Jesus!].” Atos 20:28.

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