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sexta-feira, setembro 23

A Nova e a Velha Criação



"Mortificai pois os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria... mas agora despojai-vos também da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; não mintais uns aos outros, pois já vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos vestistes do novo homem, que se renova para o conhecimento segundo a imagem daquele que o criou; onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro ou cita, servo ou livre"...
(Colossenses 3:5 a 11).

"Jesus disse a Nicodemos: Na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? Jesus respondeu: Na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo (João 3:3 a 6).

Velha criação
e
 N
ova criação


Diferenças entre a velha e a nova criação
No primeiro capítulo de Gênesis, não está mencionado o nome "Jeová", porem, a palavra traduzida como Deus é originalmente "Elohim", que é uma expressão plural em hebraico, a qual significa "deuses". Esse fato leva-nos a concluir que havia uma participação coletiva da hierarquia angélica na criação do mundo.

Após
Genesis 2:4, a expressão original passou a ser "Jehovah Elohim", inclusive na criação do homem terreno mencionada no verso 7, através do "sôpro" de Jeová.

Quanto à mulher, o texto diz que ela foi criada por Jeová a partir da costela do homem (verso 22), o que significa que ela também tem a natureza terrena e animal do homem.

Por outro lado, na criação do homem espiritual, Jesus soprou sobre os seus discípulos o Espírito Santo, antes de se ausentar pela ressurreição (João 20:22). Através disso, a Igreja teve o seu início na dispensação do Espírito, sendo que por ocasião do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes, que ocorreu logo a seguir à ressurreição de Jesus, aquele "sôpro" acabou se transformando num "impetuoso vento" (Atos 2:2), e aqueles discípulos passaram a ser destemidos e ousados na convicção da fé em Jesus.

Neste caso, não foi criada a "mulher espiritual", em analogia à criação da companheira de Adão, porque no Reino de Deus não há distinção entre macho e fêmea, como diz Gálatas 3:28. Esse fato já evidencia uma diferença fundamental entre a velha criação de Jeová e a nova criação de Jesus
.

I
sso confirma também que Jeová não tomou parte na criação espiritual do homem, porem só na criação do homem terreno e animal.

O sôpro de Jeová não impediu o homem de cair no pecado e ser amaldiçoado, juntamente com a sua mulher, porem, o sôpro de Jesus transformou aquele grupo de discípulos acovardados em pessoas habilitadas para difundirem o Evangelho não somente para os judeus, mas para todos os povos. E assim, enquanto a história do homem criado por Jeová começou com maldições, tanto para o homem como para a mulher (Gênesis 3:16 a 19), a história da Igreja começou gloriosamente com uma promessa de Jesus, ao dizer "Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos", como está em Mateus 28:20.

O moderno "homem intelectual" é, na realidade, uma pessoa que foi massificada pela globalização deste mundo, como está escrito em 1 Co. 3:18... "Porque a sabedoria deste mundo é loucura para Deus".

A busca de valores terrenos é muito típica do Velho Concerto, como vemos em vários textos, como por exemplo no Salmo 132:15, enquanto que no Novo Concerto (NT) Jesus disse: "Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam... vós não podeis servir a Deus e a Mamom (riquezas) ao mesmo tempo" (Mt. 6:19 a 24).

A velha criação incorpora os instintos humanos e as inclinações da carne - o apetite material, o impulso sexual e a centralização do ego. Através de Tiago 3:15, nós aprendemos que as bençãos terrenas, tão cobiçadas no VT, não são espirituais e são estimuladas pelo Maligno.
  

A nova criação incorpora as inclinações espirituais - o apetite da mente pela Palavra de Deus, o impulso para fazer o bem a um semelhante e a centralização do Espírito Santo.

Jeová é o senhor da velha criação, isto é, da criação material, sendo que Adão foi o pai da criação material, enquanto que Jesus é o Senhor da Nova Criação, isto é, da criação espiritual dentro de um Novo Concerto (Hebreus 12:24). Jesus é o pai da verdadeira criação de filhos espirituais.
 

Diferenças entre vida terrena e vida espiritual
Jeová criou o homem a partir do pó da terra, soprando o fôlego da vida terrena sobre Adão, de forma que ele se tornou fisicamente vivo (Genesis 2:7), enquanto que Jesus soprou o Espírito Santo sobre os seus discípulos, a fim de que eles tivessem vida espiritual, a qual veio a se efetivar sobrenaturalmente no dia de Pentecostes (Jo. 20:22).

Se Jesus e Jeová fossem a mesma pessoa, Jesus não precisaria soprar um outro espírito sobre os seus discípulos, pois eles já tinham recebido o  sopro da vida física de Jeová, como homens naturais.

Quando alguém fica irado, sente ciúmes ou revela egoísmo, está manifestando as características de sua filiação física ligada à Jeová, pois em termos materiais, toda a humanidade foi feita à sua imagem e semelhança, a partir do pó da terra.

S
emelhantemente, quando alguém não revida uma afronta, não murmura nem fica se lamentando sobre seu próprio destino ou sobre algum revés em sua vida, está manifestando sua filiação ao Pai e tomando como exemplo as atitudes de Jesus (o último Adão), o qual é do céu e é espiritual.

Como diz Romanos 5:13, a morte reinou desde Adão até Moisés. Após Moisés, o julgamento seguia imediatamente após um único pecado, trazendo condenação a todos os homens (Rm. 5:16). De acordo com Hebreus 10:9, Jesus colocou de lado o Velho Concerto, onde imperava a morte e a condenação, para estabelecer o Novo. O novo nascimento descrito por Jesus à Nicodemos (Jo. 3:3 a 9) está relacionado com essa nova criação, embora Nicodemos tenha confessado só conhecer a velha.


 
Tudo se fez novo!
O que Jesus ensinou, nunca foi ensinado. O que Jesus pregou nunca foi mencionado antes na Lei.

Nunca houve autoridade ou coragem suficiente para alguém dizer o que Jesus disse.

Esse é o motivo pelo qual a sua palavra atraía a atenção das multidões, enquanto que as palavras dos escribas e fariseus não conseguiam alcançar a mesma receptividade, pois revelavam incoerência e hipocrisia.
Violência, apego às bênçãos materiais, escravagismo, apedrejamentos, preconceitos contra mulheres e deficientes físicos, sacrifício de bodes e bezerros, assim como outras barbaridades, são fatos hediondos suficientes para caracterizar o VT como abolido (2 Co. 3:14), obsoleto (Hb. 8:13), fraco e sem utilidade (Hb. 7:18).

Quando Jesus se referiu ao VT, Ele disse: "está escrito" ou "foi dito aos antigos", como vemos em Mateus 5:21, 27, 38, 43), mas quando Ele próprio ensinava daquilo que Ele havia recebido do Pai, Ele dizia: "porem Eu vos digo" (Mateus 5:28, 32, 34, 39 ,44), o que significa que Ele tinha uma mensagem personalizada e autêntica.

Por essa razão, Jesus é o autor e mediador de um Novo Testamento, como está escrito em Hebreus 9:15, do qual foi o fiador, desde que o Velho Testamento fracassou pela sua fraqueza e mediocridade, diante de um ministério tão superior, como lemos em 2 Co. 3:14 e Hb. 7:22 a 24.

Através de Jesus, passou a existir:
. um Novo Concerto (Lc. 22:20; 2 Co. 3:6; Hb. 8:13);
. uma Nova Criação (2 Co. 5:17; Gl. 6:15);
. um novo nascimento (Jo. 3:3);
. uma nova vida (Rm. 6:4);
. um novo homem (Ef. 4:24; Cl. 3:10);
. um nova perspectiva para servir a Deus em espírito (Rm. 7:6);
. uma nova massa no "pão" (1 Co. 5:7);
. um novo "vinho" (Lc. 5:38);
. um novo mandamento (Jo. 13:34).

E assim, nós podemos definitivamente confirmar o que Paulo disse em 2 Co. 5:17... "Quem está em Cristo é nova criatura; as coisas velhas passaram e eis que tudo se fez novo".
 

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