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sexta-feira, setembro 23

Qual a serventia atual do Velho Testamento


   
Hb. 9:15... "Por essa razão Jesus Cristo é Mediador de um Novo Testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna".

2 Co
. 3:14 e 15... "Mas os seus sentidos foram endurecidos; porque até hoje o mesmo véu está por levantar na lição do Velho Testamento, o qual foi por Cristo abolido. E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Mas quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará".

Hb. 7:22 a 24... "De tanto melhor Concerto Jesus foi foi feito fiador. E na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número porque pela morte foram impedidos de permanecer, mas este porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo".
 
Qual a serventia atual do Velho Testamento?
 
 
 


A integridade da Bíblia
A essência das Escrituras Bíblicas foi preservada pelo Deus Altíssimo, apesar das várias falhas humanas de tradução ocorridas ao longo dos séculos. Assim, os absurdos e incoerências descritas no Velho Testamento (VT) não invalidam a autenticidade do texto. 
   
A prova da integridade da Palavra é que muitos textos onde as incoerências de Jeová foram reveladas, não foram mudadas nem omitidas. O que mudou foi só o nome de Deus, pois os tradutores substituíram o nome próprio "Jeová" que constava nos manuscritos originais, passando a usar a designação “Senhor”, que deveria se aplicar apenas ao verdadeiro Deus. Com isso, a confusão ficou estabelecida, pois não havia como distinguir o autor das atitudes incoerentes e cheias de violência - Jeová - com as obras justas e cheias de amor do verdadeiro Deus e Pai. 


No entanto, a existência de uma lei incoerente e obsoleta no VT tem um aspecto positivo, pois permite o contraste com a magnitude e coerência do Novo Testamento (NT), dando-lhe uma maior legitimidade. As estrelas parecem brilhar muito mais em uma noite profundamente escura do que em uma noite clara. Em 1 Corintios 11:19, Paulo disse: “Até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem diante de vós.”

Em Gálatas 2:15, o contraste entre o VT e o NT é evidenciado, pois está escrito que o homem não é justificado pela observância da lei, mas pela fé em Jesus Cristo. Apesar de não ter efeito quanto à salvação do homem, o texto do VT é importante porque ele contem muitas alegorias e figuras que tipificam eventos do NT.

Contudo, o contexto do VT contem um plano frustrado de um Messias guerreiro pretendido para reinar sobre os povos, favorecendo os judeus. No entanto, esse plano nunca se concretizou porque Jesus preferiu estar ao lado do Deus Pai como um Messias universal e pacífico.

Toda Escritura é autêntica e apta para ensinar e trazer discernimento para qualquer tema que envolva o Reino de Deus, como diz 2 Tm.3:16. O problema é a interpretação dela, especialmente pelos pseudo-teólogos com seus argumentos tendenciosos para explicação dos fatos que envolvem realidades bíblicas. 



 
Uma mensagem por trás das figuras, metáforas e parábolas
O Velho Testamento é como um documento antigo, do qual Deus extrai o verdadeiro sentido. Portanto, o sentido metafórico de muitas histórias são especialmente importantes. Eles servem para apontar para grandes realidades espirituais do Novo Testamento.
A passagem do povo de Israel pelo Mar é uma alegoria de um novo caminho no cristianismo através do batismo, sendo que essa analogia está em 1 Co. 1:1 e 2.
O cordeiro sacrificado na Páscoa dos israelitas aponta para o verdadeiro Cordeiro, cujo sangue foi derramado como sacrifício para expiar por nossos pecados (1 Pe. 1:19).
A saída do povo de Israel e o seu livramento do jugo egípcio representam a libertação espiritual através de Cristo, enquanto que a Terra Prometida era uma figura dos lugares celestiais prometidos para todos os que crêem verdadeiramente.
O tabernáculo terreno do VT era uma figura do tabernáculo verdadeiro (Hb. 9:1, 23 e 24). Toda a mobília dele, ou seja, o incensário, o candelabro, a mesa com os pães da proposição, a cortina, o lugar santo, o Santo dos Santos, o altar e a arca do concerto, eram todos figuras de elementos de um maior e eterno santuário, do qual Jesus é o Sumo Sacerdote eterno (Hb. 9:2 a 5).
A cortina do Templo que rompeu-se de alto a baixo (Mt. 27:51) tipifica o livre acesso para a presença do Pai, que agora está acessível. O véu dessa cortina é uma figura da lei e das ordenanças do VT, os quais nos separavam do chamado "Santo dos Santos" (Hb. 8:1), porem agora através do "véu", que significa o corpo de Cristo que foi sacrificado por nós, toda a barreira que nos separava de Deus foi destruída (Ef. 2:14 a 16).
O sacrifício de cabritos e bezerros eram somente uma "sombra" da grande realidade, porque a redenção do homem só é alcançada através do sangue de Cristo. Em Hebreus 9:11 e 12 nós lemos que é impossível que o sangue de bodes e bezerros tenha qualquer efeito para efeito de salvação.


 
Primeiro e último Adão
O primeiro Adão está relacionado com o último Adão (Rm. 5:14 e 1 Co. 15:22 e 45). O primeiro Adão estava em um lugar privilegiado antes de seu pecado, porem após a transgressão ele foi expulso do Paraíso do Éden (Gn. 3:23).

Por um outro lado, o último Adão, Jesus, aniquilou-se a si mesmo quando assumiu a natureza humana, e por causa da obediência Ele foi exaltado por Deus o Pai, o qual lhe deu um nome acima de todo nome (inclusive o de Jeová) e colocando-o à sua direita, como está escrito em Fl. 2:7 to 9).

A diferença entre o primeiro Adão e o último é que, enquanto o primeiro foi destituído, o último foi promovido. Portanto, o último Adão tomou o lugar do primeiro, da mesma forma como o Novo Testamento ocupou o lugar do Velho Testamento.
Jeová fez com que o primeiro Adão caísse em profundo sono, e assim, enquanto Adão dormia, ele tomou uma das costelas do homem e formou a mulher. Por outro lado, através da morte física de Jesus, o último Adão, Deus o Pai formou a Igreja, levantando primeiramente o apóstolo Pedro (uma das doze "costelas") e posteriormente a Paulo.


 
Os 3 dias e 3 noites de Jonas
Jesus disse em Mateus 12:40… “Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim também o Filho do homem estará três dias e três noites no seio da terra”. Devido a esta similaridade, Jonas foi reconhecido como uma figura de Jesus.

”Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Mas graças a Deus que nos dá a vitória através do nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Co. 15:55 a 57).
A diferença entre Jonas e Jesus no que diz respeito às tarefas que tinham para executar é o fato de que Jonas era omisso enquanto que Jesus estava bem consciente quanto às suas obrigações como Filho e Salvador.
Assim como o “ventre do grande peixe” significava o sepulcro de Jesus, o “peixe vomitando Jonas” significa a ressurreição de Jesus, pois era impossível à morte reter o príncipe da vida (At. 2:24).
Jonas foi forçado a pregar para o povo de Nínive enquanto que Jesus assumiu voluntariamente o ofício de Sumo Sacerdote através do sacrifício de seu próprio corpo (Fp. 2:6 a 8).

Jonas teve de ser lançado ao mar pelos marinheiros, mas Jesus desceu do céu e assumiu voluntariamente a forma humana para poder desenvolver seu ministério entre os homens.
 

Jonas foi forçado a pregar para o povo de Nínive enquanto que Jesus assumiu voluntariamente o ofício de Sumo Sacerdote através do sacrifício de seu próprio corpo (Fp. 2:6 a 8). Jonas teve de ser lançado ao mar pelos marinheiros, mas Jesus desceu do céu e assumiu voluntariamente a forma humana para poder desenvolver seu ministério entre os homens.

Alem disso, Jonas ficou profundamente amargurado e descontente com o arrependimento do povo de Nínive (Jonas 4:1) enquanto que Jesus lamentou e chorou por causa da incredulidade do povo de Jerusalém (Lc. 13:34). O que parece é que Jonas não queria ver o arrependimento do povo daquela cidade de idólatras!
Acontece que Jonas e Jesus estavam ligados à diferentes concertos . Jonas estava ligado ao concerto de violência de Jeová, enquanto que Jesus está ligado ao concerto de amor do Pai, que quer que todos se salvem e venham ao arrependimento (Tito 2 :11).
Portanto, a similaridade entre Jonas e Jesus é somente no que diz respeito à relação entre os três dias de Jonas no ventre do peixe com os três dias de Jesus no sepulcro.

  

Rute e Boaz
Assim como outros livros do VT, o livro de Rute contem uma interessante parábola que se referem a eventos ocorridos no NT.

Rute, a moabita (Rute 1:4) era uma figura dos gentios (não-judeus), pois também os moabitas eram um povo rejeitado e amaldiçoado (Rute 2:10).
 
 
Boaz era uma figura de Jesus Cristo. Ele veio de Belém (Rute 2:4), assim como Jesus que também era nativo de Belém.
Boaz foi incluído na genealogia física de Jesus através de Davi (Rute 4:17). Seu nome é mencionado em Mateus 1:5 e Lucas 3:31.
Boaz era um remidor (Rute 3:12) e Jesus é um redentor e salvador. Boaz remiu Rute (Rute 1:4) enquanto que Jesus remiu os gentios que eram todos estrangeiros.

Paulo disse que os gentios estavam separados de Deus, excluídos da cidadania em Israel e estranhos aos concertos da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora em Jesus Cristo, vós que antes estáveis longe fostes trazidos para perto através do sangue de Cristo (Ef. 2:12 e 13).
O outro remidor (o parente remidor de Rute 3:12) negou-se a cumprir a obrigação de remir Rute porque ela poderia contaminar sua linhagem (Rute 4:6). Ele é uma figura de um Messias pretendido por Jeová, o qual recusou remir os gentios porque seu plano era exclusivo para os judeus.

Para confirmar a rejeição, havia uma tradição em Israel de tirar as sandálias e dá-las ao outro remidor, como um sinal de transferência de direitos e responsabilidades (Rute 4:17). Isso quer dizer figuradamente que a lei do VT eximiu-se da tarefa de remir o homem porque é fraca e superficial.

Jesus não foi escrupuloso de “tomar as sandálias” rejeitadas pelo "parente remidor" e recebeu aqueles que nele crêem, embora fossem considerados "povo excluído".
A grande diferença entre Boaz e Jesus é que Boaz remiu Rute dando a ela uma família terrena e os direitos de esposa, enquanto que Jesus remiu os gentios dentre todos os povos, a fim de dar a eles uma família celestial e o direito de filhos.

 

O Maná
No deserto, Jeová mandou o perecível Maná para alimentar fisicamente o povo de Israel, mas o  Deus Pai enviou Jesus, o verdadeiro pão do céu, que dá vida eterna.
Jesus disse aos judeus: “Não é Moisés que vos dá o verdadeiro pão do céu.

Vossos pais comeram o Maná no deserto mas eles pereceram. Mas aqui está o pão que veio do céu e aquele que dele comer não perecerá.

Eu sou o pão vivo que veio do céu. Se alguém comer deste pão viverá para sempre.

Este pão é a minha carne, a qual eu darei para a vida de todos os que crêem, em todo o mundo (Jo. 6:32; 49 a 51).
 
O Maná de Jeová embolorou e cheirava mal (Ex. 16:20) mas o pão de Jesus dá a vida eterna para todo aquele que dele se alimenta.

Assim como o Maná do deserto, o VT tornou-se perecível porque era fraco e obsoleto, pois a lei nada aperfeiçoa (Hb. 7:18).


 
A serpente no deserto
Jesus disse em João 3:14: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim o Filho do homem precisa ser levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna”. Aqui Jesus estava comparando a sua crucificação com um episódio ocorrido no VT, quando serpentes venenosas enviadas por Jeová morderam o povo de Israel e muitos dentre eles morreram (Nm. 21:6).

O próprio Jeová, que enviou as serpentes, ordenou a Moisés que fizesse uma serpente de bronze e a pusesse em uma estaca, a fim de que todo aquele que fosse mordido pelas serpentes pudesse olhar para aquela serpente de bronze e ser curado (Nm. 21:8 e 9).

É evidente que esse fato é uma fantástica alegoria de Jesus na cruz e do povo sendo curado de suas enfermidades espirituais através da fé direcionada para o Filho de Deus. Contudo, há algumas diferenças entre esses dois fatos:

1. Jesus nunca teve qualquer similaridade com serpentes. Aliás, Ele disse que seus discípulos pegariam as serpentes com as suas mãos e elas não lhes fariam mal algum (Mc. 16:18). Também em Lucas 10:19 Jesus deu autoridade aos discípulos para pisar em serpentes e para sobrepujar toda a força do inimigo.

2. Aqueles que olhavam para a serpente concebida por Jeová através de Moisés, foram curados fisicamente, embora seus corpos pereceram posteriormente no deserto. Porem, aqueles que olham firmemente para Jesus, o abençoado Filho do verdadeiro Deus e Pai, são curados de suas enfermidades espirituais e passam a estar reconciliados com Deus.
 
É realmente muito estranho que no começo Jeová amaldiçoou a serpente, dizendo: “Maldita és tu sobre toda tua semente durante todos os dias de tua existência” (Gn. 3:14 e 15) e depois viesse a providenciar um meio para socorrer as pessoas, justamente com aquele símbolo amaldiçoado!

Em Apocalipse 12:9 lemos que a antiga serpente, também chamada "diabo", é Satanás.

É também muito estranho que o segundo mandamento de Jeová proibia fazer ídolos representando qualquer coisa que houvesse no céu, acima ou sobre a terra, ou ainda sob as águas (Ex. 20:4), e no deserto ele ordenasse a Moisés para fazer um ídolo de bronze na forma de uma serpente, o qual foi chamado “Neustã” conforme 2 Reis 18:4.

A malignidade de “Neustã” para a fé e a moral do povo de Israel foi tão grande que  o rei Ezequias quebrou em pedaços aquela serpente de bronze, pois os filhos de Israel estavam até aquela época queimando-lhe incenso, exatamente como faziam os povos idólatras e politeístas de outras nações.



 
Agar e Sara
Agar e Sara tipificam respectivamente 2 concertos. Um dos concertos é o do Monte Sinai (VT), o qual gera filhos para serem escravos da lei (Gl. 4:24); o outro concerto é celestial porque é de Jesus (NT) e nos concede a liberdade (verso 31).

O Velho Testamento é a “sombra”. O Novo Testamento é a “realidade” (Hb. 10:1). Deus põe de lado o primeiro (VT) para estabelecer o segundo (NT) (Hb. 10:9).

O primeiro concerto (VT) tinha um santuário terreno com regras exteriores, tais como cerimoniais de lavagens e outros rituais religiosos (Hebreus 9:1 e 10), mas o novo concerto (NT) tem um santuário celestial. O tabernáculo terreno era só uma pálida figura do verdadeiro tabernáculo (Hebreus 8:2).


A conclusão é que, como a realidade chegou, o virtual foi substituído, porque se tornou sem utilidade, tal como lemos em Hebreus 7:18. Portanto, Deus o Pai destituiu o Concerto de Jeová (VT), o qual era exterior e imperfeito, para estabelecer o Concerto de Jesus (NT), que é perfeito e é do céu (Hb. 10:9).


 
Porem eu vos digo...
Jesus nunca identificou os mandamentos do VT com os seus próprios mandamentos, como Ele disse repetidas vezes em Mateus capítulo 5: "Porém eu vos digo...". Da mesma forma, Ele nunca disse que os mandamentos do VT vinham do Pai, pois Ele disse simplesmente... "Foi dito aos antigos..."
Versos 21 e 22... “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás, mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu porém vos digo que qualquer que sem motivo se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo”.
Versos 27 e 28... “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu porém vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”.
Versos 31 e 32... “Tambem foi dito: Qualquer que deixar sua mulher, que lhe dê carta de divórcio. Eu porém vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa da prostituição, faz que ela cometa adultério”.
Versos 33 e 34... “Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não perjurarás, mas cumprirás teus juramentos ao Senhor. Eu porém vos digo que de maneira nenhuma jureis, nem pelo céu, porque é o trono de Deus, nem pela terra porque é o escabelo de seus pés”.
Versos 38 e 39... “Ouvistes o que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Porém eu vos digo que não resistais ao mal, mas se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a esquerda”.

Versos 43 e 44... “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu porém vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos odeiam e perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus".
Portanto, a doutrina de Jesus era distinta porque ela não era proveniente de anjos nem tinha base em preceitos religiosos capazes de inspirar fariseus fanáticos. Ele disse em João 7:16... “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou". O "cumprimento da lei" de Mateus 5:17 significa que Jesus veio para fazer tudo aquilo que a lei sempre omitiu e se mostrou incapaz.

Quando Jesus dá um "Novo Mandamento" em João 13:34, fica confirmado que a lei precedente não contemplava absolutamente a essência de sua doutrina, a qual não era propriamente sua, mas era proveniente do Pai, como Ele sempre fez questão de afirmar (Jo.12:49 e 50).
 

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